ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO DA ARTÉRIA CELÍACA EM PREÁS (Galea spixii Wagler, 1831)

Abstract

Resumo Para o estudo foram utilizados 20 animais, que estavam em freezer no Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS/UFERSA). Os animais foram descongelados, a cavidade abdominal aberta e a aorta torácica canulada no sentido caudal para injeção de solução de látex Neoprene 650 corado de vermelho e, em seguida, fixados em solução de formaldeído a 10%, por um período mínimo de 48 horas, para que pudessem ser dissecados, fotografados e os resultados analisados. A artéria celíaca originou-se da aorta abdominal e emitiu as artérias gástrica esquerda, lienal e esplênica. A artéria gástrica esquerda emitiu de dois a três ramos à região da curvatura menor do estômago. A artéria lienal emitiu quatro ramos ao parênquima do baço, de seis a doze ramos pancreáticos e a artéria gastroepiplóica esquerda. A artéria hepática emitiu de um a dois ramos pancreáticos e bifurcou-se em um curto tronco formado pelas artérias gástrica direita e hepática própria e ainda na artéria gastroduodenal, que originava a pancreaticoduodenal cranial e gastroepiplóica direita. O comportamento de trifurcação da artéria celíaca do preá assemelha-se ao encontrado em roedores, como o nutria, a cutia, o hamster e os ratos, o que sugere que este seja o padrão para a ordem.

Origin and main ramifications of coeliac artery in Cerdocyon thous

“…The classic trifurcation of the CA into hepatic, left gastric and lienal arteries was the most prevalent arrangement in C. thous, similar to that registered in C. familiaris, Oryctolagus cuniculus, Myocastor coypus, and Galea spixii [1,2,10,27]. The bifurcation in a hepatic artery and gastrolienal trunk found in a single specimen of C. thous of this sampling was also reported as sporadic in C. familiaris [1,14].…”

Esqueletopia e topografia da artéria celíaca no Lycalopex gymnocercus (Fischer, 1814)

“…Em espécies não carnívoras, a origem abdominal e ventral da artéria celíaca também ocorreu no Myocastor coypus (ratão-do-banhado) (Machado et al, 2002), Bradypus variegatus (preguiçacomum) (Gonçalez et al, 2003), coelhos Nova Zelândia (Abidu-Fiqueiredo et al, 2008), Didelphis albiventris (gamba-de-orelha-branca) (Culau et al, 2010), Mazama gouazoubira (veado-catingueira) (Amadori et al, 2012) e Galea psixii (preá) (Oliveira et al, 2017). Apenas foi descrita a existência da artéria celíaca com origem na aorta torácica em fetos bubalinos (Machado et al, 2000).…”

Abdominal aortic branches of red‐rumped agouti (Dasyprocta leporina Linnaeus, 1758)

“…The trifurcation of the celiac artery into the left gastric artery, hepatic artery and splenic artery, which are distributed to organs such as the stomach, liver, duodenum, spleen and pancreas, is a characteristic pattern in some Rodentia species, such as the golden hamster ( Mesocricetus auratos ) (Orsi et al, 1975), laboratory rats, mice (Hebel & Stromberg, 1986), coypu (Machado et al, 2006) and Spix's yellow‐toothed cavys ( Galea spixii ) (Oliveira et al, 2017), suggesting that this type of arrangement is an ancestral derivation in the group's formation.…”