“…Ao mesmo tempo, criticava as conjecturas teleológicas dos vitalistas, segundo as quais o universo funcionaria com objetivos, embora tenha se baseado no pensamento de Hans Driesch e Paul Kammerer, naturalistas da época(REICH, 1975), conforme veremos a seguir.Entre 1919 e 1921, Reich entrou em contato com o problema do vitalismo ao estudar trabalhos publicados por Driesch, conceituado biólogo e, também, filósofo. Driesch convenceu-se de que a matéria viva é autônoma, não sendo esta característica redutível aos aspectos físicos e químicos, visto que "o desenvolvimento deste sistema transcorre normalmente ainda que se suas partes sejam rearranjadas ou parcialmente removidas, e posto que uma máquina nunca permanece a mesma em tais casos"(DRIESCH, 1908, p. 241).De acordo comBellini (1994), o conceito de autorregulação foi formulado pela primeira vez por Tage Philipson, colaborador de Reich, e publicado em dinamarquês como uma costura teórica abrangendo a formulação criativa, e os conceitos emergentes de economia sexual e orgonomia, a partir de relações corpo-mente. Cerca de uma década mais tarde, já nos anos 40, seria traduzido para publicação no jornal de Reich importante filósofo que influenciou radicalmente o pensamento reichiano foi Henri Bergson, por quem Reich nutria intensa admiração.Bedani (2007) afirma que no livro "A evolução criadora" (1907), Reich encontra o conceito de élan vital sendo compreendido O élan vital de que falamos consiste, em suma, em uma exigência de criação(BERGSON, 2005).…”