“…Portanto, o elemento essencial do egocentrismo piagetiano é a inconsciência das fronteiras do eu e do outro, do mundo psíquico e do mundo objetivo, e, por não dispor de uma estrutura mental apropriada (operação), a criança deste período não assimilará adequadamente as influências sociais externas, deixando de estabelecer a reciprocidade das pessoas autônomas (Fonzar, 1986) O egocentrismo, concebido como indiferenciação entre o próprio ponto de vista e o ponto de vista alheio, contribui para a ausência da necessidade de a criança comprovar, por meio de argumentos lógicos, o que diz, ou mesmo, sobre o que pensa, período este marcado pela intuição em compensação da falta do pensamento lógico e socializado (Piaget, 1964 (Montoya, 2005).…”