Análise Do Grau De Complexidade Do Cuidado, Estresse E Coping Da Enfermagem Num Hospital Sul-Riograndense

Abstract

RESUMO Objetivo: verificar a relação entre grau de complexidade do cuidado de pacientes, nível de estresse e coping nos profissionais de enfermagem em unidades de internação adulto de um hospital universitário de Porto Alegre. Método: pesquisa quantitativa transversal, desenvolvida em três unidades de internação clínica, totalizando 89 profissionais de enfermagem, sendo 28 (31,5%) enfermeiros e 61 (68,5%) auxiliares e/ou técnicos de enfermagem. O grau de complexidade do cuidado dos pacientes foi obtido através do instrumento do Sistema de Classificação de Pacientes de Perroca. A avaliação dos níveis de estresse e coping foram por meio dos instrumentos Inventário de Estresse em Enfermeiros e Inventário de Respostas de Coping no Trabalho. Resultados: ao compararmos os níveis de complexidade dos cuidados semi-intensivo e intensivo entre as unidades, obtivemos que a unidade B apresentou valores mais altos que a A e C, sendo que estas apresentaram graus semelhantes (p<0,001). Tanto em relação ao nível de estresse total (p=0,180) quanto à utilização das estratégias de coping (p=0,315), não houve diferença entre as categorias profissionais. Ao comparar o nível de estresse conforme a unidade de trabalho observou-se que os profissionais da unidade B apresentaram maiores níveis de estresse (2,87±0,66; p=0,030). Quando avaliada sobre a utilização de estratégias de coping, a unidade B não apresentou diferença no escore total comparada às outras duas unidades. Conclusão: os profissionais que cuidavam de pacientes com maior grau de complexidade do cuidado estavam expostos ao maior nível de estresse.

Fatores Estressores Para Profissionais De Enfermagem Nas Unidades De Terapia Intensiva: Uma Revisão Da Literatura

“…Distúrbios no ciclo de peso devido à má alimentação realizada por esses profissionais ocasionando extremos como: obesidade ou desnutrição, conciliar questões profissionais com familiares, falta de reconhecimento profissional, de tempo para o lazer, despreparo de pessoas que trabalham nos ambientes de terapia intensiva, falta de conhecimento para manuseio da tecnologia e constante exposição à radiação e produtos químicos foram alguns dos fatores estressores mais citados relacionados ao esgotamento emocional desses profissionais (RODRIGUES; SANTOS, 2015;ALBUQUERQUE, et al, 2015;CAMPOS;SOUZA;DAVID, 2014;SANTOS et al, 2011).…”

“…CAMPOS;SOUZA;DAVID, 2014;SANTOS et al, 2011;AFECTO;TEIXEIRA, 2009). O número de profissionais insuficiente é citado em 50% dos artigos analisados como fator predisponente ao estresse, isso nos levar a interrogar se o que é preconizado na RDC 07/2010 que dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva é realmente aplicado na prática ou se o quantitativo pronunciado nessa RDC é realmente suficiente para suprir as necessidades do ambiente intensivo(RODRIGUES;SANTOS, 2015; ALBUQUERQUE, et al, 2015;CAMPOS;SOUZA;DAVID, 2014;AFECTO;TEIXEIRA, 2009).…”

Efectos del Trabajo por Turnos y Coping en los Profesionales de Enfermería Hospitalaria

“…A insuficiência de coping das enfermeiras e técnicas/auxiliares de enfermagem com relação a vida social e familiar pode conduzir, tardiamente, ao desgaste emocional, com reflexos orgânicos e perturbações na dinâmica doméstica, conjugal e social. Podendo interferir de forma negativa na vida e bem estar dos profissionais, desencadeando doenças, afastamentos do trabalho e isolamento social, que são diagnosticados geralmente em estados avançados, devido a sua subjetividade 16 .…”

“…Além disso, nota-se que a maioria dos profissionais participantes eram adultos maduros, que trabalhava em turnos em média há mais de duas décadas. A experiência, tanto pessoal como profissional, agrega ao indivíduo controle sobre os aspectos da vida ao trabalhar em turnos, de forma que conseguem adaptar-se melhor a tal regime de trabalho, minimizando a ocorrência de efeitos negativos à saúde 16 .…”

Stress E Enfermagem: O Corpo Cuidador

“…apoio de colegas e chefia, faz-se essencial o reconhecimento do trabalho pela organização (AZEVEDO; NERY; CARDOSO, 2017).Constatou-se que os enfermeiros enfrentam os episódios de estresse de uma maneira proativa no ambiente laboral, ou melhor, viabilizam reavaliações cognitivas a respeito dos estressores e na reação diante deles. Ainda, ressalta-se que as estratégias de enfrentamento consistem em uma ação intencional, de ordem física e psíquica, direcionado as condições extrínsecas ou intrínsecas em resposta a um agente estressor(SOUZA et al, 2018).…”