“…Em certo sentido, ela é um conjunto de vozes herdado, um eco de outros que fala como um 'eu'. (BUTLER, 1997, p. 25) Em função dessa perspectiva, conforme explorei em trabalhos anteriores (SILVA, 2019a(SILVA, , 2019b(SILVA, , 2019c, entendo que considerar a historicidade e as múltiplas vozes sociais que falam no discurso violento é também, em certo sentido, levar em conta as dinâmicas de temporalidade e espacialidade constitutivas de sua produção e circulação translocal (BLOMMAERT, 2010), desde a cena discursiva específica em que a injúria é praticada até as instâncias mais remotas que nela se atualizam, mediante processos contínuos de criação e de pressuposição de contextos (FABRÍCIO, 2014) injuriosos.…”