La diferencia (de los idiotas)

Abstract

El propósito de este artículo es pensar la singularidad de la diferencia desde el punto de vista de la 'diferencia de los idiotas', tomada esta expresión en el sentido original (idiôtés) del término: los seres carentes de una existencia política. El autor explora esta expresión, no en su mera abstracción conceptual, sino en su incidencia e invasión existencial a partir de la experiencia de la fragilidad y la vulnerabilidad, tal y como se muestran en la experiencia singular de un ser con discapacidad. Se busca pensar la diferencia como diferencia, tratando de pensarla en su singularidad, tal y como se pone de manifiesto ante nosotros, como si se tratase de un encuentro con la extrañeza, explorando, así, la experiencia de lo extraño, la cuestión de la impotencia, y la cuestión de la discapacidad en el debate filosófico-político actual. Bajo esta dimensión, el artículo cuestiona la lógica educacional que impone el deber de fijar en cada uno de nosotros un «alguien», un «quién» dotado de una identidad bien definida por los cánones de la normalidad, es decir, por los registros que dictan aquello que debe ser habitual, repetido o recto, de acuerdo con lo socialmente establecido y la imagen inmodificable y establecida de una norma.

Dois países, muitas infâncias: encontros para criar com os filmes Carreto e Una niña una escuela

“…Talvez porque o olhar que nos conduza seja o da infância, os filmes nos convocam a formas originais de estar com o outro no sentido de que a primeira atitude é a presença, a escuta, a companhia. Sem recorrer para chantagens emocionais ou imagens sensacionalistas, Cláudio Marques, Marília Hughes 5 e Alejandro Anderson 6 , diretores dos curtas em questão, abrem a experiência do espectador para o encontro com a diferença enquanto singularidade e manifestação das múltiplas possibilidades de ser humano (Bárcena, 2015).…”

GESTÃO ESCOLAR E JUVENTUDES: uma relação a partir do Grafite

“…A escola, assim, se constitui como campo de contestação das hierarquias, reduzindo a tensão característica das relações de poder.É neste sentido que repensar as hierarquias encontra ambiente favorável, via diálogo com as interpretações trazidas por professores/as e alunos/as, bem como uma sensibilização de suas várias formas de expressão e implicações para os grupos situados em posições diversas, frequentemente marginais, não somente na escola, mas também fora dela. Quando a pluralidade cultural se faz presente no âmbito das práticas pedagógicas, minimiza os efeitos das desigualdades sociais, o que permite aprofundamento da democracia Bárcena (2015). reflete sobre a diferença alertando que ainda não vivenciamos uma política de inclusão propriamente, mas sim uma dissociação clara de dois (ou mais) grupos, distinguindo quem são os cidadãos desprovidos de "racionalidade".…”

Quem são os idiotas, afinal?

“…Sua interpretação faz parte de uma constatação da ampliação ou da inversão da lógica que enquadraria a minoria dos idiotas. O século XIX os representou como parcelas espúrias da sociedade que deveriam ser asiladas, conforme o estatuto das ciências médicas e modernas.O século XX recrudesceu essa lógica de minoria, não sob o viés da segregação, mas seguindo a ótica da diferença, na perspectiva pós-crítica de análise(Bárcena, 2015). O mais estranho: para resgatar as diferenças, em nome da igualdade entre as pessoas, mas sob o risco de suprimi-la, se tais diferenças são naturalizadas ao extremo, pois aí não há mais igualdade.Ao observar o panorama de sua época, Nelson Rodrigues, quase cem anos após o empenho literário de Dostoiévski, teve a sensibilidade sarcástica de perceber os transeuntes da vida cotidiana, consagrada em obras como O óbvio ululante.…”