Cultura e Desenvolvimento: 100 anos de Celso Furtado, um intelectual cosmopolita

Celso Furtado and the Myth of Economic Development: Rethinking Development from Exile

“…This dramatic inversion of the terms of the development debate reveals the growing relevance of culture in Furtado's work. Culture and cultural change have always played a role in development studies, ranging from crudely racist, orientalist and paternalistic views to more sophisticated examinations of the richness of the traditions from the periphery; however, Furtado adopted a different perspective (Cunha and Britto 2018, Lins 2014and Paula 2019. First, he argued that underdevelopment was underpinned by, and reproduced through, cultural dependence, expressed in the mimicking of the consumption patterns of developed countries in the periphery, and the latter's growing technological dependence.…”

Celso Furtado, o subdesenvolvimento e as transformações na economia internacional

“…É sintomático que o último livro a ser publicado por Celso Furtado, em 2003, um ano antes de morrer, seja Raízes do subdesenvolvimento, que é retomado do livro publicado em 1973, A hegemonia dos Estados Unidos e o subdesenvolvimento da América Latina. (Paula, 2019(Paula, , p. 1080 Em sua obra produzida a partir de meados dos anos 1960, o estudo das transformações da economia mundial que se processam sob a égide das empresas transnacionais ocupa um lugar privilegiado. Explicita-se progressivamen te em seus textos e intervenções em debates acadêmicos a ideia de que o fenômeno da dominação marca as relações entre os países de industrialização mais avançada e os países periféricos, destacando-se a dominação exercida pelos Estados Unidos (Esprit, 1969).…”

“…"(D'Aguiar, 2020b, p. 288).4 Além desse texto de J. A de Paula (2019),. publicações recentes deram destaque à dimensão do pensamento de Celso Furtado como analista das transformações na economia internacional e das relações de dominação externa, e mesmo como teórico das relações internacionais, a exemplo de D'Aguiar (2020a), Lima (2020), Vidal (2020) e Sawaya (2020).…”

Celso Furtado, os Diários intermitentes e o Brasil

“… Furtado (p. 97) relata ter comprado nesse período toda a bibliografia essencial marxista em francês, bem como as obras filosóficas e políticas completas de Marx (16 volumes), obras de Engels (17 volumes), parte das obras econômicas de Marx e ainda 30 volumes de obras de crítica ao marxismo.8 Segundo João Antonio dePaula (2019Paula ( , p. 1076 o Institut d'Études Politiques contribuiu para que Furtado tivesse uma "sólida formação em economia política, história econômica, economia social comparada e estatística econômica. "…”