“…Os dilemas nessa seara parecem girar em torno do que efetivamente vem a ser o federalismo ou em que consiste a sua natureza. O mainstream da área -domesticado pelo individualismo metodológico 1 -rejeita a concepção do federalismo enquanto fenômeno dinâmico, cujos movimentos sejam historicamente compreendidos (AFFONSO, 2003;MIRANDA et al, 2014;OLIVEIRA, 2007). Por essa percepção, as barganhas federativas têm suas tensões reduzidas a uma visão "mercantil--racional-maximizadora", negligenciando-se a multidimensionalidade da natureza do objeto, o qual, na realidade, se apresenta como um fenômeno eminentemente territorializado e engendrado por sujeitos coletivos (AFFONSO, 2003;BOVO, 2000;OLIVEIRA, 2006;PORTO, 2009;THERET, 1995;VARGAS, 2006).…”