2015
DOI: 10.1590/0103-6351/1746
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Thorstein Veblen entre seus pares economistas: um estudo sobre a audiência e a estrutura argumentativa de sua crítica sistemática ao pensamento econômico

Abstract: <p>Este artigo pretende contribuir com a tendência revisionista da biografia intelectual de Thorstein Veblen. Especificamente, almejamos estudar o lugar de Veblen entre os economistas de seu tempo nos Estados Unidos. Para tanto, analisamos a audiência, o contexto e a estrutura da argumentação que o fundador do institucionalismo usou em uma série de textos publicados entre 1898 e 1909. A essa série demos o nome de "crítica sistemática do pensamento econômico". Identificamos que Veblen estruturou seu argum… Show more

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“…Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/eed/view/00000 a dor; (b) ao seu caráter a-histórico, que dá contorno simplista em detrimento da profundidade; (c) à sua natureza teleológica, em prejuízo da abordagem holística e, marcada por interações, conflitos e adaptações socialmente construídos; (d) à sua concepção estática e cartesiana da economia, orientada ao equilíbrio e não ao processo, dinâmica e evolução (VEBLEN, 1965;MONASTÉRIO, 1998;CONCEIÇÃO, 2000;HUNT, 2005;SILVA, 2008;SILVA, 2010;CAVALIERI, 2015). Nesse empreendimento intelectual, embora possa parecer que o institucionalismo vebleniano concentrava sua crítica ao conhecimento científico a partir do capitalismo industrial, ele resgata que o conhecimento científico tradicional, embora dominante nos primeiros estágios do capitalismo industrial, foi fundamentado na economia manufatureira, em que os hábitos de trabalho da manufatura induziram os hábitos de pensamento da época.…”
Section: A Crítica à Economia Tradcional 3 E a Proposição De Uma Econunclassified
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“…Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/eed/view/00000 a dor; (b) ao seu caráter a-histórico, que dá contorno simplista em detrimento da profundidade; (c) à sua natureza teleológica, em prejuízo da abordagem holística e, marcada por interações, conflitos e adaptações socialmente construídos; (d) à sua concepção estática e cartesiana da economia, orientada ao equilíbrio e não ao processo, dinâmica e evolução (VEBLEN, 1965;MONASTÉRIO, 1998;CONCEIÇÃO, 2000;HUNT, 2005;SILVA, 2008;SILVA, 2010;CAVALIERI, 2015). Nesse empreendimento intelectual, embora possa parecer que o institucionalismo vebleniano concentrava sua crítica ao conhecimento científico a partir do capitalismo industrial, ele resgata que o conhecimento científico tradicional, embora dominante nos primeiros estágios do capitalismo industrial, foi fundamentado na economia manufatureira, em que os hábitos de trabalho da manufatura induziram os hábitos de pensamento da época.…”
Section: A Crítica à Economia Tradcional 3 E a Proposição De Uma Econunclassified
“…Nesse sentido, as inclinações que originam os instintos (1965,1994) ajudam a esboçar uma categorização teórica dos mesmos, a saber: (a) o instinto artesanal (ou do trabalho eficaz 8 ), o qual o ser humano seria dotado de uma inclinação à realização de trabalhos úteis ao desenvolvimento e à melhoria das condições de vida em uma comunidade; (b) a inclinação parental, definido como à propensão humana ao cuidado, à proteção, ao bem estar social e à perpetuação da espécie; (c) a curiosidade vã, que conduz a busca pelo conhecimento, sem fins estabelecidos e, por fim; (d) o instinto predatório, o qual consiste na propensão à competição, ao conflito das relações sociais, à busca por dominação (MONASTÉRIO, 1998;SILVA, 2010;CAVALIERI, 2015).…”
Section: Dos Instintos à Mudança Institucionalunclassified
“…A Economia Institucional é uma escola de pensamento econômico que surge da crítica de Thorstein Veblen à ortodoxia econômica do final do século XIX. O contexto social no qual Veblen desenvolveu suas ideias compreende o final da Gilded Age (1865-1890) e o início da Era Progressiva (1890-1920), um momento no qual surgiam as primeiras associações e revistas especializadas de Economia, bem como a profissionalização desse campo do saber (Cavalieri, 2015). A virada do século XIX para o século XX representou um período de amplo pluralismo teórico no âmbito da Ciência Econômica, com o pensamento marginalista rivalizando com o pensamento clássico e o pensamento marxista.…”
Section: Economia Institucionalunclassified
“…Segundo Cavalieri (2015), o pensamento de Veblen não era marginal na Academia, uma vez que dialogava, ainda que criticamente, com a tradição clássica, marginalista e marxista, dentre outras. Contudo, sua proposta de construção de uma ciência evolucionária 7 , que substituiria toda uma tradição de pensamento existente até então, considerada não evolucionária, fez com que Veblen ganhasse a qualificação de crítico radical e aparentemente desconectado do pensamento acadêmico em geral.…”
Section: Economia Institucionalunclassified
“…Por meio de uma série de artigos, Veblen demonstrou que, diferentemente de outras ciências, a Economia ainda não havia feito a transição pós-darwinismo e, no seio dessa ciência, os preceitos teleológicos ainda subsistiam como determinações metodológicas (Cavalieri, 2015). Geoffrey M. Hodgson (1992) destaca que o importante não era a busca por leis imutáveis da natureza, mas entender os múltiplos processos de causação cumulativa.…”
Section: O Ataque à "Alta Cultura" E a Abordagem Antropológica De Tho...unclassified