Destacamos este elemento geracional em função de dois argumentos. O primeiro versa sobre a longevidade dos estudos sobre o pensamento político brasileiro (PPB), que antecedem a própria institucionalização da Ciência Política no Brasil. É no contexto desta trajetória longa que se aninha o interesse de pesquisa sobre a produção intelectual de autores, escolas, obras, temas e agendas de problemas que atravessaram fases diferentes da vida pública e acadêmica brasileira, oscilando entre o engajamento político, a interpretação da identidade nacional, o protagonismo da intelligentsia, o autor-ator ou o statemaker e os efeitos políticos das ideias, de um lado, ou da reflexão mais especificamente organizada academicamente sobre os cânones e condições da produção intelectual brasileira, por outro. O segundo argumento assenta sobre o potencial em aberto dos estudos da área, em função de sua própria estruturação metodológica: a ressignificação, o diálogo duradouro e os efeitos reposicionados que as formulações do