“…Àquela altura, conforme tantas vezes sustentado pela bibliografia especializada, além de hegemônicos na Europa, "o positivismo de Comte, o darwinismo social, o evolucionismo de Spencer", tanto quanto "a história natural e a etnologia" acabariam por encontrar forte aderência na intelligentsia nacional, proporcionando novos critérios a partir dos quais a realidade brasileira passava a ser vislumbrada (Ortiz, 2006, p. 14;Ventura, 1991, p. 12;também Schwarcz, 1993, p. 43-66). O paradoxo desse deslocamento semântico estaria em que, muito embora se servissem profusamente dos protótipos europeus e deles lançassem mão para desbancar noções então em voga, nossos letrados não deixavam de exprimir desconforto com sua transposição pura e simples para a cena local (Schwarz, 1973;Ventura, 1991;Ortiz, 2006) (Carvalho Franco, 1976;Rouanet, 1994;Bosi, Ventura (1991, p. 12-13) sendo este, em sua análise, "um belo país tropical da mais exuberante natureza", ver-se-ia, no entanto, consumido pela ação lesiva do cativeiro, que por exaurir "a força criadora da terra", legava-nos um porvir deveras incerto (idem, p. 114).…”