2021
DOI: 10.1590/0103-11042021e107
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Desigualdades de gênero por área de conhecimento na ciência brasileira: panorama das bolsistas PQ/CNPq

Abstract: RESUMO O número de mulheres pesquisadoras tem crescido mundialmente. No entanto, as desigualdades de gênero persistem em quatro aspectos: as mulheres ainda representam parcela minoritária na ciência mundial; concentram-se em determinadas áreas de conhecimento; predominam nos níveis iniciais da carreira e são sub-representadas em posições deliberativas da política científica e tecnológica. No Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), apesar do aumento de mulheres bolsistas de Produti… Show more

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“…Na Psicologia brasileira, o reconhecimento das peculiaridades de uma profissão marcada predominantemente por mulheres aparece somente no ano de 1975 com a publicação do estudo realizado por Sylvia Leser de Mello Castro & Yamamoto, 1998). A partir de então, várias pesquisas foram empreendidas pelo CFP nos anos de 1988 e 2012, pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) a pedido do CFP no ano de 2004 e pelo grupo de trabalho de Psicologia organizacional e do trabalho vinculado à Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (Anpepp) no ano de 2010 (Lhullier & Roslindo, 2013) No entanto, estudos desenvolvidos por Rosemberg (1983), Castro e Yamamoto (1998), Lhullier e Roslindo (2013) e, mais recentemente, por Cunha et al (2021) demonstram que, apesar da predominância feminina na área profissional da Psicologia, existe uma segmentação interna que aponta para o privilégio dos homens no campo acadêmico-científico, a qual não pode deixar de ser destacada como questão paradoxal, dada a majoritariedade das mulheres na área. Ao analisar a distribuição entre homens e mulheres na Psicologia dos países latino-americanos, Denmark (1998) observou que, no início do desenvolvimento da Psicologia latino-americana, a maioria das mulheres optava por atuar na Psicologia aplicada, enquanto os psicólogos predominavam na área científica e no corpo editorial de periódicos reconhecidos.…”
Section: Distribuição De Bolsa Pq/cnpq Na Psicologiaunclassified
“…Na Psicologia brasileira, o reconhecimento das peculiaridades de uma profissão marcada predominantemente por mulheres aparece somente no ano de 1975 com a publicação do estudo realizado por Sylvia Leser de Mello Castro & Yamamoto, 1998). A partir de então, várias pesquisas foram empreendidas pelo CFP nos anos de 1988 e 2012, pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) a pedido do CFP no ano de 2004 e pelo grupo de trabalho de Psicologia organizacional e do trabalho vinculado à Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (Anpepp) no ano de 2010 (Lhullier & Roslindo, 2013) No entanto, estudos desenvolvidos por Rosemberg (1983), Castro e Yamamoto (1998), Lhullier e Roslindo (2013) e, mais recentemente, por Cunha et al (2021) demonstram que, apesar da predominância feminina na área profissional da Psicologia, existe uma segmentação interna que aponta para o privilégio dos homens no campo acadêmico-científico, a qual não pode deixar de ser destacada como questão paradoxal, dada a majoritariedade das mulheres na área. Ao analisar a distribuição entre homens e mulheres na Psicologia dos países latino-americanos, Denmark (1998) observou que, no início do desenvolvimento da Psicologia latino-americana, a maioria das mulheres optava por atuar na Psicologia aplicada, enquanto os psicólogos predominavam na área científica e no corpo editorial de periódicos reconhecidos.…”
Section: Distribuição De Bolsa Pq/cnpq Na Psicologiaunclassified
“…No que diz respeito aos doutorados concluídos e registrados na Plataforma Lattes [3], em 2020 as mulheres eram 31,1% do total na área de Ciências Exatas e da Terra e 26% nas Engenharias. Já no caso das bolsas de produtividade 1A-CNPq, elas representam apenas 9,14% das cadeiras de Engenharias e Ciências Exatas e da Terra [4]. Esses números que refletem a baixa representatividade de gênero, principalmente em posições mais elevadas, descrevem um mecanismo de exclusão que as mulheres sofrem para ascender às posições de liderança no campo científico, chamado de "efeito tesoura" [1].…”
Section: Introductionunclassified