Análise da inserção dos nutricionistas nos Programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva: identidades, trajetórias e tomadas de posição

Abstract

RESUMO A Nutrição iniciou sua constituição como profissão independente na década de 1930. Conquistou estatuto de formação superior em 1967. Com a emergência do Espaço da Saúde Coletiva nos anos 1970, verificou-se a construção do espaço da Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva. Os nutricionistas integram esse campo multiprofissional nos seus diversos âmbitos. Em que medida essa inserção corresponde a uma integração ao Espaço da Saúde Coletiva ou persiste como um subespaço a ele articulado? Visando responder parcialmente esta indagação, foram analisadas características dos nutricionistas nos programas de pós-graduação a partir dos currículos Lattes de todos que compunham o quadro permanente dos cursos em 2010. Os indicadores foram: principal área de atuação, área do doutorado, linhas de pesquisa e publicações, entre outros. Entre os 944 docentes, 42 eram nutricionistas (4,4%). Desses, 47,6% indicaram a Saúde Coletiva e 42,9% a Nutrição como primeira área de atuação. Nutrição e Alimentação foi referida como a primeira linha de pesquisa por 40,5%; e Epidemiologia por 14,3%. O tema da tese foi Epidemiologia para 42,9%, seguido de Avaliação (14,3%) e Ciências Sociais (11,9%). Estes achados são indicativos de que, embora os nutricionistas tenham inserção no Espaço da Saúde Coletiva, suas tomadas de posição evidenciam estratégias de pertencimento ao campo de origem.

Scientific production of Nutrition courses in Food and Nutrition in Collective Health: contributions to the debate on professional performance

“…A study conducted by Reis, Costa-Souza, and Vieira-da-Silva (2018) identified that among permanent professors with training in Nutrition linked to postgraduate programs in Collective Health in Brazil in the 2007-2009 triennium, 73.8 % had their theses directed to the areas of Collective Health or Nutrition, with a nutritional analysis of the population and Epidemiology being the most frequent sub-areas, with 19% and 16.7%, respectively. Although FPs at FNCH were more frequent for professors with specialization or master's degree, it is possible they experienced a similar training process.…”