O conceito de gestão foi descrito pelo Ministério da Saúde (1996), como a atividade e a responsabilidade de comandar um sistema de saúde, exercendo as funções de coordenação, articulação, negociação, planejamento, acompanhamento, controle, avaliação e auditoria. (BRASIL, 1996).É nítido que o processo de gestão da saúde está intimamente ligado ao sistema político em vigência, e esta situação é enfatizada quando Guimarães e outros (2004, p. 1646) afirmam que “a capacidade de gestão de uma organização social foi concebida como sendo a faculdade de uma organização em decidir com autonomia, flexibilidade e transparência, mobilizando recursos e construindo a sustentabilidade dos resultados de gestão”.A gestão em saúde abrange três grandes dimensões: os espaços dos cuidados diretos - singulares e multiprofissionais; as diversas instituições de saúde; e a exigência da formação e operação de redes de serviços de saúde para uma assistência universal, integral, equânime, de qualidade e eficiente para as necessidades de saúde da população (LORENZETTI et al., 2014).Por estar diretamente relacionada ao processo político, a gestão em saúde sofre diversas modificações, o que muitas vezes acarreta na inexistência da qualidade do processo de trabalho das equipes assistenciais e na continuidade da oferta de produtos e serviços de saúde. Por isso, é imprescindível, que os gestores saibam articular de modo eficiente com as diferentes entidades, visando a melhoria dos serviços ofertados à população. Contudo, o que se observa muitas vezes, são gestores que por ocuparem os cargos de maneira “improvisada”, agem com irresponsabilidade e descompromisso, justamente por não se identificarem com a função que lhes foi destinada (ARAÚJO; PONTES, 2012).O estudo teve como objetivo, avaliar o processo de gestão por secretárias municipais de saúde através de estudos de caso múltiplos, em dois municípios do Estado da Bahia.