2015
DOI: 10.1590/0102-445062753693134622
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Afinal, como funciona a Linguística Aplicada e o que pode ela se tornar?

Abstract: Este trabalho tem por objetivo problematizar critérios definidores do modo de funcionamento da linguística aplicada. Partimos de uma retrospectiva do encontro entre ciência teórica e ciência aplicada para, em seguida, colocar em debate a caracterização de linguística aplicada oferecida por Maingueneau (1996). A tais características acrescentamos ainda dois outros critérios que serão igualmente submetidos a uma revisão crítica. Como conclusão, indica-se a pertinência de uma redefinição do modo pelo qual vem sen… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...

Citation Types

0
1
0
3

Year Published

2020
2020
2023
2023

Publication Types

Select...
4

Relationship

0
4

Authors

Journals

citations
Cited by 4 publications
(4 citation statements)
references
References 4 publications
0
1
0
3
Order By: Relevance
“…para discursos acadêmicos de resistência, produzidos por sujeitos em formação, numa prática discursiva centrada no diálogo entre pesquisa, relações étnico-raciais e educação. Este empreendimento se faz a partir de nossa trajetória na docência e na pesquisa fundamentada em uma Linguística Aplicada contemporânea (LA) que parte do princípio de que, para discutir e construir o mundo atual, precisamos nos desfazer de clássicas dicotomias do pensamento modernocomo as que subordinam a LA à Linguística (ROCHA; DAHER, 2015;MOITA LOPES, 2006). Desse modo, coadunamos com a ideia de Moita Lopes (2006) de praticar uma Linguística Aplicada Indisciplinar, assumindo que, para dar conta das relações do mundo contemporâneo e participar das disputas pelo estabelecimento de relações mais éticas e não-excludentes, precisamos compreender as práticas de linguagem por uma ótica que põe em diálogo diversas áreas de conhecimento, reconhecendo sua natureza complexa, bem como suas implicações.…”
unclassified
See 1 more Smart Citation
“…para discursos acadêmicos de resistência, produzidos por sujeitos em formação, numa prática discursiva centrada no diálogo entre pesquisa, relações étnico-raciais e educação. Este empreendimento se faz a partir de nossa trajetória na docência e na pesquisa fundamentada em uma Linguística Aplicada contemporânea (LA) que parte do princípio de que, para discutir e construir o mundo atual, precisamos nos desfazer de clássicas dicotomias do pensamento modernocomo as que subordinam a LA à Linguística (ROCHA; DAHER, 2015;MOITA LOPES, 2006). Desse modo, coadunamos com a ideia de Moita Lopes (2006) de praticar uma Linguística Aplicada Indisciplinar, assumindo que, para dar conta das relações do mundo contemporâneo e participar das disputas pelo estabelecimento de relações mais éticas e não-excludentes, precisamos compreender as práticas de linguagem por uma ótica que põe em diálogo diversas áreas de conhecimento, reconhecendo sua natureza complexa, bem como suas implicações.…”
unclassified
“…Fazer pesquisa em LA é, antes de produzir conhecimento sobre o uso da linguagem, atuar política e eticamente no mundo (ROCHA; DAHER, 2015;MOITA LOPES, 2006), investigando diferentes formas de criar inteligibilidade sobre temas relevantes para a vida social, como é o caso do racismo e das questões étnico-raciais. Buscando, portanto, contribuir para estudos de LA que tenham como foco a produção de subjetividades, a formação docente e as relações étnico-raciais, visamos, aqui, analisar discursivamente introduções de trabalhos monográficos de conclusão do curso de Pós-graduação lato sensu em Relações Étnico-raciais e Educação (doravante PGLS-RERED), como forma de discutir a escrita acadêmica desses sujeitos, seu engajamento em pesquisa e o potencial de intervenção de uma prática de formação continuada para docentes com o objetivo de produção de subjetividades antirracistas, autônomas e investigativas que indexicalizam outras epistemologias, rompendo com concepções modernas de pesquisa e de sujeito.…”
unclassified
“…From the 19 articles in this issue, 17 somehow have the English language as object of study and at least 7 address issues of globalization and/or English as an international language and/or as a língua franca. All of the 19 articles, directly or indirectly, can be linked to the area of Applied Linguistics, either because they are inserted in the classroom context and/or try to solve problems related to it, or because they try to solve social problems (Rocha & Daher, 2015), related to translation, for example, where language is involved. Moreover, at least 16 of the studies are inserted in the field of language teaching and learning or have implications to the field.…”
mentioning
confidence: 99%
“…o trabalho da LA com ênfase no social, mas que é preciso adotar uma concepção de social.Argumentam também que não basta dizer que a LA é inter/ multidisciplinar, mas antes tem que se explicitar o lugar que ela dedicará ao não linguístico -que deve funcionar como efetivo intercessor na produção de um sentido de social que não guarde nenhuma relação com a ideia rasa de social que a modernidade produziu.As respostas para as indagações de como funciona a LA e o que ela pode se tornar, os autores deixam como reflexão e sugerem que um caminho seria eleger outros domínios do linguístico e do extralinguístico para fazer interseções e intercessões: e que possamos o mais brevemente possível inventar o sentido de social no qual desejamos investir e pelo qual entendemos que vale a pena lutar(ROCHA; DAHER, 2015, p.137). agora a concepção de que a LA não é uma ciência enclausurada que se obriga a desenvolver fórmulas e encontrar soluções corretas para o ensino e aprendizagem em um determinado contexto.…”
unclassified