2018
DOI: 10.1590/0102-445056793643281893
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Entre a leitura da fala e a escrita da língua: o fonema em Saussure

Abstract: RESUMO Este trabalho investiga o conceito de fonema em Saussure e objetiva elucidar o lugar por ele ocupado em suas formulações teóricas a propósito da ciência da linguagem e de seu objeto. Por situar-se no intervalo entre fonação e impressão acústica, o conceito saussuriano de fonema exige o sujeito falante -“nicho da linguagem e da língua” - e desloca o discurso naturalista da gramática comparada sem, contudo, fundar uma nova ciência. A partir de Milner (2012), assumimos que Saussure dá continuidade à linguí… Show more

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“…Veremos adiante com Fiorin (2013) que Saussure definiu os objetos empírico e teórico dessa ciência. Entretanto, antes de nos determos exatamente na cientificidade da linguística, gostaríamos de perpassar a concepção de ciência através das argumentações de Milner (1995de Milner ( e 2012 4 para assinalar nossa decisão de assumir em Saussure uma epistemologia galileana, como um continuador da Gramática Comparada, assim como faz Faria (2018) e o próprio Milner (2012), e não como o fundador de uma nova ciência linguística. Esta assunção nos ajudará a argumentar que uma leitura estruturalista de Saussure implica uma posição teórica diferente daquela que assumimos aqui, com Neumann e Anjos (2019), de que Saussure não pode ser reduzido a interpretações estruturalistas.…”
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“…Veremos adiante com Fiorin (2013) que Saussure definiu os objetos empírico e teórico dessa ciência. Entretanto, antes de nos determos exatamente na cientificidade da linguística, gostaríamos de perpassar a concepção de ciência através das argumentações de Milner (1995de Milner ( e 2012 4 para assinalar nossa decisão de assumir em Saussure uma epistemologia galileana, como um continuador da Gramática Comparada, assim como faz Faria (2018) e o próprio Milner (2012), e não como o fundador de uma nova ciência linguística. Esta assunção nos ajudará a argumentar que uma leitura estruturalista de Saussure implica uma posição teórica diferente daquela que assumimos aqui, com Neumann e Anjos (2019), de que Saussure não pode ser reduzido a interpretações estruturalistas.…”
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“…É neste ponto que o autor sublinha a atividade de matematização do real como o principal traço distintivo da cientificidade moderna. Faria (2018) nos traz o exemplo de Saussure sobre a reconstrução *ĕk1wŏs (reproduzido abaixo) muito pertinente para a compreensão do que seria essa escrita matematizada: [...] para conhecer as unidades fônicas de uma língua, não é indispensável caracterizar-lhes a qualidade positiva; cumpre considerá-las como entidades diferenciais cuja peculiaridade consiste em não se confundirem umas com as outras. Isso é de tal maneira essencial que se poderiam designar os elementos fônicos de um idioma a reconstituir por quaisquer algarismos ou signos Por conseguinte, a reconstrução de *ĕk1wŏs quer dizer que o correspondente indoeuropeu do latim equos, sânscrito açva-s etc., era formado de cinco fonemas determinados, tomados à gama fonológica do idioma primitivo.…”
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