O estudo teve por objetivo avaliar o preconceito contra idade vivenciado por pessoas idosas usuárias de um Centro de Referência de Assistência Social (Cras). Participaram 217 idosos, com idades entre 60 a 93 anos, sendo maioria do sexo feminino (82,9%). Utilizou-se um questionário de caracterização sociodemográfica, a escala Ageism Survey em sua versão adaptada e um diário de campo. Os dados quantitativos foram analisados através de estatística descritiva e bivariada e os dados qualitativos, através da análise de conteúdo do tipo categorial temática. Os resultados apontaram para uma maior predominância da ocorrência de discriminação contra pessoas idosas em relação a associar dor à idade (61,8%), ser demasiado velho para fazer algo (57,6%) e paternalismo (52,5%), entretanto as pessoas idosas participantes da pesquisa tendem a não perceber tais atitudes como uma forma de preconceito e/ou discriminação. É preciso maior investimento na desnaturalização da vivência do ageísmo, que se faz tão presente no cotidiano das pessoas idosas.