2020
DOI: 10.1590/0102-311x00190518
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Discursos sobre o aborto na epidemia de Zika: análise da cobertura dos jornais O Globo e Folha de S.Paulo

Abstract: O objetivo do estudo aqui apresentado foi analisar a cobertura da grande imprensa nacional sobre o aborto em caso de Zika e examinar se esta reforçou os discursos já associados à prática ou se ampliou e qualificou a discussão sobre o tema. Trata-se de pesquisa qualitativa realizada com base na análise de 43 notícias sobre Zika/microcefalia/aborto publicadas pelos jornais O Globo e Folha de S.Paulo entre novembro de 2015 e dezembro de 2016. Baseando-se em conceitos do Jornalismo e da Análise do Discurso, identi… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1

Citation Types

0
0
0
1

Year Published

2021
2021
2024
2024

Publication Types

Select...
3

Relationship

0
3

Authors

Journals

citations
Cited by 3 publications
(1 citation statement)
references
References 7 publications
(8 reference statements)
0
0
0
1
Order By: Relevance
“…No caso brasileiro, as vozes das mulheres afetadas pelo vírus foram silenciadas e as fontes especializadas, médicas e jurídicas, foram privilegiadas. Quando o aborto entrou em questão, as fontes que eram favoráveis denunciaram especialmente as injustiças sociais e as fontes contrárias reagiram com o discurso em defesa da vida (Castilhos & Almeida, 2020). A forma como o discurso noticioso foi construído mostrou uma projeção de grupos específicos como responsáveis pela disseminação da doença, ao explorar a interseccionalidade de género, raça, etnia, classe social e nacionalidade (Fabrício, 2019).…”
Section: Mediatização Da Doença E Da Saúdeunclassified
“…No caso brasileiro, as vozes das mulheres afetadas pelo vírus foram silenciadas e as fontes especializadas, médicas e jurídicas, foram privilegiadas. Quando o aborto entrou em questão, as fontes que eram favoráveis denunciaram especialmente as injustiças sociais e as fontes contrárias reagiram com o discurso em defesa da vida (Castilhos & Almeida, 2020). A forma como o discurso noticioso foi construído mostrou uma projeção de grupos específicos como responsáveis pela disseminação da doença, ao explorar a interseccionalidade de género, raça, etnia, classe social e nacionalidade (Fabrício, 2019).…”
Section: Mediatização Da Doença E Da Saúdeunclassified