Com o surgimento da pandemia de SARS-COV-2 em 2019, surgiram muitas dúvidas e incertezas sobre a doença COVID-19, muitas delas devido aos milhares de fake-news, falta de informações, poucas pesquisas científicas que comprovassem os desdobramentos do que realmente iria acontecer, desde os sintomas, formas de contágio, como cada organismo reagiria ao vírus, sobre a eficácia das máscaras e do isolamento social, mas principalmente sobre os tratamentos contra o novo coronavírus. Com todas essas dúvidas, algumas medidas foram tomadas para tentar amenizar e resolver a situação. O chamado “KIT-COVID” (contendo medicamentos, dentre eles estão antibióticos) e hoje não recomendado pelo Ministério da Saúde, foi uma das medidas controversas que ocorreram no Brasil. A recomendação do uso de medicamentos sem eficácia comprovada cientificamente contra os sintomas da COVID-19, fez com que as vendas de medicamentos antimicrobianos dobrassem em diferentes locais do país, inclusive na cidade de Nanuque, MG, como demostrado nesse estudo. Esse aumento da utilização dos antibióticos torna-se preocupante, pois aumenta a probabilidade de casos de resistência microbiana, transformando bactérias comuns, em possíveis superbactérias, fazendo-se necessário a utilização de antibióticos cada vez mais potentes.