2019
DOI: 10.1590/0102-311x00022118
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Estupros no Brasil e relações com o consumo de álcool: estimativas baseadas em autorrelato sigiloso

Abstract: Com base na análise dos dados de corte transversal provenientes do Segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas realizado em 2012, utilizando-se uma amostra probabilística estratificada por conglomerado representativa da população brasileira, este estudo apresenta as prevalências de estupro e analisa a relação deste evento com o consumo de álcool. Foram considerados 1.918 homens e 2.365 mulheres, totalizando uma amostra de 4.283 indivíduos. Nossos resultados estimam a prevalência de estupro na vida em 2,6%… Show more

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“…Em relação ao uso de drogas lícitas ou ilícitas, observou-se que os indivíduos vítimas de abuso apresentaram maior consumo de tabaco e maconha e usaram de maneira abusiva sedativos ou hipnóticos, talvez para minimizar o desconforto dos sintomas depressivos ou ansiosos. É bem descrito que a violência sexual é grande fator de risco para o desenvolvimento de depressão, ansiedade, TEPT, problemas de sono, fobias, transtornos alimentares, tentativa ou ideação suicida, automutilação e abuso de drogas, com depressão e TEPT permanecendo as formas mais comuns de problemas mentais associados ao abuso sexual 1,3 . Quando a violência sexual acomete crianças e adolescentes, torna-se especialmente dramática, visto que ameaça o desenvolvimento sexual e psíquico de um indivíduo em formação 4,6 .…”
Section: Discussionunclassified
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“…Em relação ao uso de drogas lícitas ou ilícitas, observou-se que os indivíduos vítimas de abuso apresentaram maior consumo de tabaco e maconha e usaram de maneira abusiva sedativos ou hipnóticos, talvez para minimizar o desconforto dos sintomas depressivos ou ansiosos. É bem descrito que a violência sexual é grande fator de risco para o desenvolvimento de depressão, ansiedade, TEPT, problemas de sono, fobias, transtornos alimentares, tentativa ou ideação suicida, automutilação e abuso de drogas, com depressão e TEPT permanecendo as formas mais comuns de problemas mentais associados ao abuso sexual 1,3 . Quando a violência sexual acomete crianças e adolescentes, torna-se especialmente dramática, visto que ameaça o desenvolvimento sexual e psíquico de um indivíduo em formação 4,6 .…”
Section: Discussionunclassified
“…Quando a violência sexual acomete crianças e adolescentes, torna-se especialmente dramática, visto que ameaça o desenvolvimento sexual e psíquico de um indivíduo em formação 4,6 . Crianças vítimas de violência sexual estão mais sujeitas ao uso de tabaco, abuso de álcool ou drogas, comportamento sexual de risco (início precoce da atividade sexual consensual, múltiplos parceiros e intercurso sexual desprotegido), timidez, isolamento, vulnerabilidade a se tornarem vítimas novamente desta ou de outras formas de violência, problemas acadêmicos, delinquência, baixa autoestima, agressividade, condutas autodestrutivas, desesperança em relação ao futuro, mentiras, dificuldade em confiar nos outros e danos à qualidade de vida [1][2][3]6,9 .…”
Section: Discussionunclassified
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“…Adolescents in the late group self-reported being under the influence of alcohol more often, as well as “blackouts” during the aggression due to the ingestion of alcohol and not knowing how to describe the aggression suffered; however, the rate of consumption was lower than the rates of 40% to 60% of consumption of alcohol and other PASs reported in studies 3 4 with victims of sexual violence. Despite the scarcity of national data, a recent article 24 reinforced this relationship. It is possible that the lower prevalence of PASs use may be related to the younger age of the women in the present study and because the information was self-reported, and no toxicological analyses were performed.…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…No Brasil, a prevalência do transtorno por uso de álcool (TUA) vem crescendo nas últimas décadas e se estima que 4,2% dos brasileiros (6,9% entre homens e 1,6% entre mulheres) preencham critérios para esse diagnóstico (World Health Organization [WHO], 2018). O consumo de álcool no país está associado a acidentes de carro fatais (de Carvalho Ponce et al, 2011), violência (Abdalla et al, 2018), estupro (Massaro et al, 2019), homicídio (Andreuccetti et al, 2009) e suicídio (Ponce et al, 2008). No período de um ano, mais de 72 mil mortes foram atribuíveis ao consumo de álcool (5,5% de todas as mortes), tornando-se o fator que mais contribuiu para a carga de mortalidade e morbidade no país (Degenhardt et al, 2018;WHO, 2018).…”
unclassified