Fatores associados ao acesso geográfico aos serviços de saúde por pessoas com tuberculose em três capitais do Nordeste brasileiro

Abstract

O objetivo do presente estudo foi identificar fatores associados ao acesso geográfico aos serviços de saúde por portadores de tuberculose em três capitais do Nordeste do Brasil. A amostra foi composta por casos novos de tuberculose, notificados em 2007. Foram utilizados dados provenientes do Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação, e do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde. Os endereços dos domicílios e das unidades de saúde foram georreferenciados e, utilizando a distância entre o domicílio e a unidade de atendimento de cada caso, foi considerado acesso dificultado quando esta distância foi maior do que 800 metros. Foram estimadas as razões de prevalência bruta e ajustada por meio de regressão de Poisson. Verificou-se que após ajuste com as variáveis estudadas, apenas a variável unidade básica, em Salvador, Bahia (RP = 0,75; IC95%: 0,720-0,794) e em Recife, Pernambuco (RP = 0,402; IC95%: 0,318-0,508), manteve associação com o acesso dificultado. O estudo concluiu que a descentralização do atendimento em unidade básica pode contribuir com a melhoria do acesso aos serviços de saúde.

Tuberculosis Control Actions: Analysis Based on the Access and Primary Health Care Quality Improvement Program

“…18 Therefore, to fully provide access, diagnosis and TB treatment to patients, it is necessary to transfer essential care actions to PHC services, properly structuring HBUs in clinical-scientific, structural and organizational terms so that they are able to properly deal with patients and provide integral care. 13 Regarding the number of individuals with TB in the last year, the results reveal a concerning epidemiological situation among the HBUs under study, considering that 43.6% of these did not keep a record of patients with TB in their area of coverage.…”

“…11 Likewise, one study conducted in São José do Rio Preto, a priority city for TB control, highlighted that Emergency Service Units were the entrance door for TB diagnosis (49.4%), while hospitals were the facilities that most frequently diagnosed the disease (39.5%), followed by HBUs (30.9%). 12 Other studies 10,[13][14] confirm that TB control actions remain centralized in referral facilities, such as Emergency units and hospitals, in which a large number of cases are diagnosed and therapeutic regimes are established, which is contrary to what is recommended by the Ministry of Health, which has reinforced the decentralization of care since the implementation of the NTCP. 10 The NTCP established two primary strategies in 2013 to cope with TB: expand diagnosis with new technology and strengthen TB actions at the PHC level.…”

“…4 Brazil has not yet achieved the goals established by the WHO, namely 70% of cases detected, 85% cure through DOT, and at most 5% treatment abandonment. 13 Thus, the bottlenecks of the TB surveillance system need to be identified to determine at which point patients are not being identified, and consequently not reported, treated or monitored.…”

Manchester Triage System in Primary Health Care: Ambiguities and Challenges Related to Access

“…17 For the purpose of the present study, the conceptual approach of access was used, taking into account the organizational, social and geographical dimensions. 18 Regarding the organizational dimension, which is related to the possibility of the user accessing the resources available in the unit, NT1 refers to teamwork as a way of consolidating health comprehensiveness, directly impacting the quality and improvement of access offered to the user. 19 The social dimension is linked to relational aspects.…”

Descentralização Do Acesso Ao Sistema De Informações De Tratamentos Especiais Em Tuberculose

“…Este município tem se destacado também em relação às altas taxas de coinfecção TB/HIV, em torno de 25% (6) . Apesar de o PNCT preconizar que a atenção primária em saúde deva ser a principal porta de entrada para os casos de TB, a maioria dos diagnósticos ainda é realizado na atenção terciária (7) . Em 2013, 42% dos diagnósticos foram realizados em Pronto Atendimento e Hospitais; em 2014, 45%; e em 2015, 44% (8) .…”