O adoecimento mental do trabalhador tornou-se objeto de estudos na atualidade, considerando os seus efeitos negativos na economia mundial e nas relações interpessoais. Por esta razão, foram analisados os níveis de ansiedade/depressão de 163 docentes que lecionavam no Ensino Básico da rede pública estadual de uma cidade paulista. A obtenção dos dados foi realizada por meio das escalas Beck Anxiety Inventory e Beck Depression Inventory, questionários sobre dados sociodemográficos e atinentes à satisfação laboral. Os resultados indicaram que 58% dos sujeitos demonstravam sinais de adoecimento mental, e 27% deles apresentaram sintomas condizentes ao quadro de transtorno de ansiedade e/ou depressão. Concluiu-se que os professores têm se desgastado mentalmente em demasia, em um momento social efêmero, de imposição da dinâmica trabalhista de curto prazo, flexível, competitivo e de produtividade. Esses aspectos levam os professores a adoecer mentalmente, desestimulando-os a estabelecer vínculos profundos com a sua função e com os estudantes.