Fatores associados à violência escolar: evidências para o Estado de São Paulo

Abstract

Resumo Este trabalho utiliza um rico e inédito banco de dados sobre registros de ocorrências para investigar os fatores associados à violência escolar. Os crimes cometidos por agentes externos à escola (furtos e roubos) são explicados pelas condições socioeconômicas do entorno e pela riqueza pessoal e material disponível nas escolas, enquanto os atos violentos cometidos por alunos (depredação, vandalismo, ameaças e agressões) estão associados à composição demográfica do corpo discente e pelo seu background familiar. Também são identificados dois efeitos ainda não investigados na literatura. O primeiro refere-se ao papel da qualidade do professor. Já o segundo refere-se ao engajamento dos pais na vida escolar dos filhos e atividades da escola. Os resultados sugerem que a habilidade do professor em estabelecer um bom relacionamento com os estudantes e que a parceria da família com a escola são capazes de atuar sobre seu comportamento, inibindo seu engajamento em atos violentos.

Adesão a Valores Sociomorais Na Contemporaneidade: Um Estudo Com Escolares De Ensino Fundamental E Médio

“…Estar em escola particular também se mostrou uma variável importante em dois valores: a solidariedade e o respeito. Estudos sobre violência na escola (NESELLO et al 2014;PIETROBOM 2016;ZECHI, 2014) poderiam prever esse resultado já que uma das formas de violência www.marilia.unesp.br/scheme ISSN: 1984-1655 na escola é aquela causada pela própria instituição em suas regras injustas, punições atribuídas aos alunos não legitimadas por estes e péssimo convívio entre professores e alunos. Destacamos que a escola pública é a mais citada nessas informações.…”

School and Sport as “Epistemicic Ludic” in the Abya Yala Cultures

“…Los procesos escolares tienden a constituirse, entonces, en "la educación pensada y planificada en términos de las deficiencias de la cultura propia (…); también es un tipo de educación cuyo objetivo es la integración asimilacionista de los niños-jóvenes a la cultura eurocéntrica 1 (…) En suma, es la educación de los niños sin su participación, por lo que es ajena e inauténtica" (Calvo, 2016,193). Esta escuela, que suele homogeneizar, conlleva altos niveles de dominación, presión y violencia (Apple, Ball & Gandín, 2010;Tavares & Pietrobom, 2016). Las reglas explícitas e implícitas de la escuela imposibilitan un desarrollo lúdico y autogestionado por los niños, forzándolos a conocer la manera en que la perspectiva epistemológica dominante propone.…”

Pesquisa-ação e práticas restaurativas para a prevenção da violência escolar: percepções dos professores

“…O aluno vem com essa carga de violência, se sentem marginalizados pela própria cultura da pobreza e aqui dentro da sala de aula, onde todos se encontram, é que tudo isso se confronta. P4 A violência escolar não é exclusivamente relacionada à pobreza ou à desigualdade social, no entanto, atinge principalmente estudantes com maiores desvantagens socioeconômicas, corroborando pesquisas na América Latina, inclusive no estado de São Paulo (PERES et al, 2015;McCLANAHAN;McCOY;JACOBSEN, 2015;TAVARES;PIETROBOM, 2016). Para esses professores, a violência é um fenômeno comum, no qual atos de agressão são naturais e banais, tornando-se parte do cotidiano dos estudantes e, consequentemente, da escola.…”

“…Questionados se tiveram alguma formação sobre violência escolar, uma professora citou a falta de apoio e conhecimento sobre o tema: Observamos que outros professores também referiram falta de informações sobre essa problemática. Estudos apontam problemas na formação de professores no Brasil, pois a violência escolar é tratada de forma superficial e ingênua, limitando-se a problemas de convivência, com ênfase no bullying, e às políticas públicas que demonstram claros limites teóricos, utilizando campanhas de conscientização e outras estratégias de terceirização do problema voltados para polícia e justiça (TAVARES;PIETROBOM, 2016;GIORDANI, SEFFNER;DELL'AGLIO, 2017;TOGNETTA. DAUD, 2018).…”

“…O aumento da vulnerabilidade à violência escolar está associado às características sociodemográficas do entorno da escola, à exposição à violência em outros espaços sociais, como no ambiente familiar, bem como à qualidade da interação dos professores com os alunos e ao grau de envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos (NESELLO et al, 2014;TAVARES;PIETROBOM, 2016).…”