“…O financiamento representou um instrumento importante para a expansão cafeeira no Sudeste brasileiro durante os séculos XIX e XX, juntamente com os recursos acumulados previamente em outras atividades e o reinvestimento de lucros auferidos na própria cafeicultura. Durante o século XIX, o financiamento concentrou-se, inicialmente, nas mãos de comerciantes, fazendeiros e capitalistas de modo pouco institucionalizado, posteriormente cresceu a parcela das casas comissárias ou exportadoras e, finalmente, das instituições formais de crédito, como bancos, conforme os estudos de Sweigart (1980), Saes (1986), Goldsmith (1986), Moraes (1988), Triner (2000), Hanley (2005), Teodoro (2006), Piñeiro (2007), Pires (2009), Fontanari ( e 2015, Faleiros (2014), Tosi et al (2011) e Ribeiro (2015). A partir do meado desse século, o governo aprimorou a regulação desse mercado, como o registro hipotecário, e apoiou, via subsídios, a formação de bancos hipotecários, como o Banco de Crédito Real de São Paulo criado ao final do Império e o Banco de Crédito Hipotecário e Agrícola do Estado de São Paulo de 1909, conforme Saes (1986…”