Neste artigo introdutório pretendo contribuir com o debate a respeito da importância das discussões sobre a “antropologia” em Kant (1724-1804), na medida em que compreendo que a relação dessa com outras regiões do pensamento kantiano pode produzir uma interpretação mais próxima entre a filosofia de Kant e a realidade concreta. Para cumprir esse intento, sugiro que existe a possibilidade de se pensar a Filosofia Crítica sustentada por uma “teoria da subjetividade” que se aproxima de uma “reflexão transcendental sobre o homem”, a qual permitiria certa “sistematicidade orgânica” à filosofia kantiana. Proponho igualmente os temas do conceito kantiano de filosofia e da constituição do problema do “transcendental” como elementos que auxiliam essa compreensão.