“…Restou apenas aos autores conhecidos como "póskeynesianos"e aos economistas de orientação "desenvolvimentista" (FERRARI FILHO, 1991, p. 344-345) o propósito de teorizar sobre a incerteza, o tempo histórico e o papel das instituições financeiras como pressupostos de políticas elaboradas para promover a integração funcional de preferências sociais antagônicas. Em outras palavras, a evolução da teoria econômica mais prestigiada ocorreu no sentido de incorporar ideias nucleares da visão neoclássica da economia, promovendo o que Morgan (2003, p. 295) chamou de "integração micro-macro" com a ajuda da formalização matemática e econométrica, porém marginalizando debates sobre o papel da incerteza, a influência das instituições, a importância do "conflito distributivo", do tempo histórico dinâmico e outros temas abrangidos nos debates pós-keynesianos e desenvolvimentistas (DAVIDSON, 1990;MANNA, 2020).…”