Notas para a discussão do tempo na economia: uma modelagem heterodoxa

Abstract

RESuMO: O objetivo deste artigo é apresentar as principais contribuições heterodoxas (não deterministas) para a abordagem do tempo, em economia, e contrapô-las ao enfoque dominante. Adicionalmente, busca-se contribuir para o entendimento das razões pelas quais a concepção determinista do tempo ainda é dominante -e talvez hegemônica -entre os economistas. Esta situação tem permanecido assim apesar do fato de que a abordagem alternativa (não determinista) tenha se revelado mais adequada ao seu objeto e venha ganhando importância e atenção significativa em uma ampla gama de disciplinas científicas. Este artigo procura avançar uma hipótese explicativa para esta situação paradoxal e intrigante, sem ter, entretanto, a pretensão de dar uma resposta completa ou definitiva para esta importante e intrincada questão.ABSTRACT: The purpose of this paper is to present the main heterodox (not determinist) contributions to the time approach in economics. Also it is looking for to compare the dominant (determinist) view with the not determinist one. In addition, it seeks to contribute to the understanding of the reasons why the deterministic approach of time is still dominant -and perhaps hegemonic -among the economists. This circumstance has remained so despite the fact that the alternative view (not deterministic) has proved to be most appropriate to its object and it has been gaining importance and significant attention in a wide range of scientific disciplines. This article seeks to advance an explanatory hypothesis for this paradoxical and intriguing situation, without claim to offer, however, a complete or definitive answer to this important and intricate issue.

Submissão e Autonomia: Proposições Acerca da Posição de Consumidores no Sistema de Mercado de Imóveis de Porto Alegre

“…Durante muito tempo a teoria econômica tratou o tempo como algo reversível, simétrico e previsível. Fosse assim, todas as necessidades futuras poderiam ser previstas com exatidão, sendo possível a antecipação através de fórmulas e cálculos econométricos, com o máximo de eficiência (CARVALHO, 2018). Entretanto, a evolução das instituições, organizações e mercados não necessariamente seguem a lógica da eficiência.…”