Lesões esplênicas são as mais prevalentes em traumas abdominais contusos. Pensando nisto, o médico emergencista, ou que atue nesta área, deve ter um conhecimento aprofundado sobre o assunto, a fim de obter uma anamnese da forma mais detalhada possível sobre o tipo de acidente, dentre eles, queda de altura elevada, acidente automobilístico, uso de cinto de segurança ou se houveram vítimas fatais no local, visto que, a gravidade e o grau de lesão do órgão podem variar de acordo com os diferentes tipos de acidente. Além disso, o prognóstico do paciente vai depender dessa abordagem inicial e da escolha do tratamento que vai ser realizado, uma vez que, uma conduta conservadora em um paciente grave pode rapidamente mudar o perfil hemodinâmico do paciente, tornando-se instável ou podendo levá-lo ao choque hipovolêmico, distributivo, obstrutivo ou cardiogênico e até a morte. Por outro lado, mesmo no paciente grave, uma conduta mais invasiva como a esplenectomia, só é feita em caso de falha na resposta à angioembolização, pois a retirada do baço causa sequelas irreversíveis que afetam a qualidade de vida do indivíduo, pois interfere no sistema imune, tornando-o mais suscetível a infecções e maiores adoecimentos. Esse artigo buscou diferenciar os tipos de lesões esplênicas e a conduta mais apropriada de acordo com cada classificação. Observa-se, portanto, que o conhecimento aprofundado do médico acerca dos sinais e sintomas presentes em vítimas de trauma, bem como o direcionamento do tratamento, é fundamental para que se obtenha desfechos favoráveis para a vida do paciente.