Distribuição E Riqueza De Espécies Arbóreas Raras Em Fragmentos De Floresta Ombrófila Mista Ao Longo De Um Gradiente Altitudinal, Em Santa Catarina

Abstract

RESUMO -Este estudo teve por objetivo analisar como a distribuição e riqueza de espécies raras em fragmentos de Floresta Ombrófila Mista ocorrem ao longo de um gradiente altitudinal. Para isso, espécies arbóreas (diâmetro à altura do peito > 5 cm) foram amostradas em 10 fragmentos florestais localizados em diferentes pisos altitudinais do Planalto Sul-Catarinense, em uma área total de 10 ha. As espécies que apresentaram número de indivíduos igual ou inferior a 2 em pelo menos um fragmento foram classificadas como raras. A distribuição das espécies foi verificada por meio de dendrograma construído a partir do índice de distância florística de Jaccard e do algoritmo de agrupamento UPGMA. A riqueza total de espécies por fragmento e o número de espécies raras foram comparados entre as subformações montana e alto-montana, por meio do teste de Mann-Whitney (U). As relações entre altitude e os valores de riqueza total e número de espécies raras em cada fragmento foram determinadas por regressões lineares simples. Os resultados indicaram a formação de dois grandes grupos de espécies raras em função do piso altitudinal. Apesar de a riqueza total das comunidades reduzir com o aumento da altitude, o número de espécies raras não apresentou alterações significativas. Conclui-se que na região do Planalto Sul-Catarinense os fragmentos de Floresta Ombrófila Mista apresentam diferentes conjunto de espécies arbóreas raras de acordo com a altitude e que a diminuição da riqueza das comunidades com o aumento do piso altitudinal não é acompanhada pela redução do número de espécies raras.Palavras-chave: Raridade; Floresta com araucária; Florestas montanas e alto-montanas. DISTRIBUTION AND RICHNESS OF RARE TREE SPECIES IN

Floristic Composition and Diversity in Terra Firme Forest Under Water Stress in the Amazon

“…Penn.). Other floristics studies also recorded the occurrence of these species in terra firme forest (Amaral et al, 2009;Ferreira et al, 2015;Mendes et al, 2013).…”

“…Almeida et al (1993), in an area of 13 hectares, recorded the presence of 375 rare species represented by 1 to 4 individuals. Rare species are particularly sensitive to local extinction because of being represented by a small number of individuals and their conservation is of great importance for the maintenance and functioning of diverse forest ecosystems (Ferreira et al, 2015).…”

Altitude e solos determinam variações abruptas da vegetação em gradiente altitudinal de Mata Atlântica

“…De fato, ao longo de gradientes altitudinais ascendentes é recorrentemente observada a diminuição da riqueza de espécies (Roderjan 1994;Hamilton et al 1995;Roderjan & Grodzki 1999;Richter 2000;Roderjan et al 2002;Blum et al 2011;Ferreira et al 2015). Por outro lado, condições climáticas semelhantes podem abrigar significativas diferenças na vegetação, mas que estão diretamente relacionadas com as condições dos solos (Klein 1980;Botrel et al 2002;Carvalho et al 2005a,b;Kotchetkoff-Henriques et al 2005;Budke et al 2006).…”

Dinâmica de espécies arbóreas endêmicas, em risco de extinção e raras ao longo de 24 anos, em floresta secundária da Mata Atlântica

“…A Zona da Mata de Minas Gerais, inserida na Mata Atlântica, também, apresenta reduzida cobertura florestal remanescente, em sua maioria, compondo mosaicos de fragmentos florestais em diferentes estágios de sucessão ecológica secundária KUNZ;MARTINS, 2014). A topografia acidentada da região, aliada às condições ambientais e isolamento desses fragmentos florestais, contribuem para mudanças na estrutura e regeneração natural da floresta secundária (FERREIRA et al, 2015;SANTOS et al, 2017;PESSOA;ARAÚJO, 2020). O acompanhamento dessas mudanças, nesses fragmentos, possibilita conhecer a estrutura atual da floresta remanescente e avaliar os impactos de ações antrópicas na conservação biológica de espécies (JOLY et al, 2014;MATOS et al, 2019;PIOTTO et al, 2019).…”

“…Estudos sobre as espécies da Floresta Atlântica endêmicas, em risco de extinção e raras (CAIAFA; BORSALI, 2012;FONTANA et al, 2014;FERREIRA et al, 2015;MAÇANEIRO et al, 2016;OSTROSKI et al, 2018;OLIVEIRA et al, 2019;PIOTTO et al, 2019;LIMA et al, 2020;FÁVARO et al, 2021; estão relacionados à classificação, riqueza, estrutura, abundância e, ou, distribuição dessas espécies. Essas informações são, em sua maioria, estáticas, e não avaliam a dinâmica das árvores adultas em conjunto com a dinâmica da regeneração natural, durante um período longo.…”