Modo de ação de fosfitos de potássio no controle da podridão olho de boi em maçã

Abstract

A podridão olho de boi causada por Cryptosporiopsis perennansé a principal doença de maçãs em pós-colheita no Brasil. Objetivou-se neste trabalho avaliar a) o uso de sais de fosfito de potássio em associação ou não ao fungicida captan no controle da doença em condições de campo e in vitro, b) as modificações físico-químicas nos frutos e, c) o efeito desses sais na atividade da peroxidase e da fenilalanina amonia-liase em maçãs inoculadas artificialmente. As aplicações dos sais de fosfito de potássio e captan foram realizadas na safra 2007/08, município de Vacaria, em pomar da cv. Pink Lady(r) a partir dos 45 dias antes da colheita ou 24 h antes da colheita. A atividade da peroxidase e da fenilalanina amônia-liase foi determinada em frutos 24 h e 14 dias após as inoculações com o patógeno. Aplicações de fosfito de potássio + captan reduziram em 60% os danos pela podridão olho de boi em pós-colheita, além de reduzir 66% da quantidade de inóculo na superfície das maçãs em aplicação realizada no dia anterior à colheita. O fosfito de potássio inibiu o desenvolvimento in vitrodo fungo sem alterar a atividade das enzimas peroxidase e fenilalanina amônia-liase. Os fosfitos de potássio mostraram ação fungicida erradicante, com potencial de uso no manejo integrado da podridão olho de boi.

Efeito do extrato da alga marinha <em>Ascophyllum nodosum</em> e do fosfito de potássio na morfofisiologia do fungo <em>Colletotrichum gloeosporioides</em>, na indução de resistência em mangas \'Tommy Atkins\' contra a antracnose e em características físicas e químicas desses frutos

“…Os fosfitos, ingredientes ativos constituintes de vários produtos usados no controle de fitopatógenos, podem agir diretamente sobre os microrganismos (Spolti et al, 2015), ou indiretamente, induzindo a resistência sistêmica ou local, pela síntese de fitoalexinas, compostos fenólicos e proteínas-RP diversas (Sautter et al, 2008;Carmona et al, 2011). Dessa forma, sais de potássio estão sendo usados com sucesso no controle de doenças causadas por diversos microrganismos, a exemplo do míldio em crucíferas, dependendo da concentração utilizada.…”

“…No tratamento pós-colheita de maçãs, o fosfito de potássio não interferiu na atividade da FAL nos frutos inoculados com o fungo Cryptosporiopsis perennans (Spolti et al, 2015). Nascimento et al (2016), também não observaram diferenças significativas na atividade da FAL entre plantas de arroz tratadas com fosfito de potássio e inoculadas com…”

“…No âmbito da indução de resistência, o fosfito de potássio tem sido amplamente utilizado. Até o momento, não se tem um modo de ação definido para a molécula (FRAC, 2017), contudo, o trabalho de Spolti et al (2015) verificou o modo de ação do fosfito de potássio no controle da podridão olho de boi em maçã, doença da fase de póscolheita mais importante dessa fruta. Os autores observaram que o fosfito foi eficiente em reduzir em até 60% os danos causados pela podridão olho de boi nas maçãs tratadas sem, contudo, alterar o perfil de proteínas-PR como a peroxidase e a fenilalanina amônia-liase.…”

Antifungal Activity of Copper, Zinc and Potassium Compounds on Mycelial Growth and Conidial Germination of Fusarium solani f. sp. piperis

“…may be due to its ability to maintain and multiply in a wide variety of complex carbohydrates and proteins, thus resisting adverse climates and high levels of toxic substances such as many antibiotics and seems to incorporate some of the most difficult members of the genus According to Resende et al [34] and Melo et al [35], Cu, Zn and K compounds are used for the control of microorganisms. They can have a direct effect on the pathogen (fungicidal or fungistatic effect) or activate the natural defense of plants, resulting in induced resistance [36,37].…”

Indutores de resistência abióticos no controle da fusariose do abacaxi

“…Os fosfitos, nutrientes constituintes de vários produtos usados no controle de fitopatógenos, podem agir diretamente sobre o patógeno (Spolti et al, 2015) ou indiretamente, induzindo a resistência sistêmica pela síntese de fitoalexinas, compostos fenólicos e PR-proteínas (proteínas relacionadas à patogênese) (Sautter et al, 2008;Carmona & Sautua, 2011). Nojosa et al (2009) verificaram inibição de 62,26% no crescimento micelial in vitro de Phoma costarricensis, pela aplicação de 10 mL L -1 de fosfito de potássio.…”