DELL'ACQUA, M.C.Q.; ARAUJO, V.A. de; SILVA, M.J.P. da. Toque: qual o uso atual pelo enfermeiro? Rev. Latinoam. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 6, n. 2, p. 17-22, abril 1998.
APRESENTAÇÃOAo cursar a disciplina "Comunicação na Saúde do Adulto", vinculada ao programa de Pós-Graduação em enfermagem da USP, foi realizado um seminário sobre toque e, durante sua realização, sentiu-se um forte estímulo para realizar um trabalho sobre o assunto.O tema foi estimulante não só para as autoras, como também para os demais participantes da disciplina, sendo extremamente produtivo abordá-lo, pois aproximar-se e compreender o código que rege determinado tema pode ser uma inestimável experiência.Em discussões, notou-se que o assunto é pouco explorado nos cursos de graduação em enfermagem, sendo entretanto bem aceito quando abordado em pós-graduação. Percebeu-se também uma receptividade grande por parte das pós-graduandas em receber novos conceitos, se é que se pode chamar novo conceito o assunto em questão -"Toque"-pois vê-se o mesmo como instrumento básico indispensável para o desenvolvimento das atividades assistenciais do enfermeiro.Com isto, fez-se um levantamento para verificar a opinião dos enfermeiros sobre o uso atual do toque por eles, e de que forma têm sido utilizado.
INTRODUÇÃOA pele é o mais sensível e antigo de nossos órgãos, configura o primeiro meio de comunicação com o mundo, sendo através dela que o ser humano apreende o seu ambiente e percebe o mundo externo 7 . O toque é considerado como uma das maneiras mais importantes de comunicação não verbal, podendo enviar mensagens positivas e negativas para o paciente, dependendo do momento, forma e local onde ocorre 1 . É proposto que se analise o toque de acordo com sua duração, localização (se ocorre em áreas mais sensíveis, mais externas ou mais próximas do coração), velocidade de aproximação do outro (abrupto ou gradual), intensidade ou a pressão exercida no outro, freqüência e sensação provocada (reação de conforto ou desconforto na pele ao receber ou transmitir o estímulo) 10 . LE MAY (1986) abordando Watson, tem como definição de toque o contato físico intencional entre as pessoas, classificando-o, na área de saúde, como: a) toque instrumental: o contato físico deliberado, necessário para o desempenho de uma tarefa específica e b) toque * Trabalho apresentado no 5º SIBRACEn