.de. O ensino do exame físico em escolas de graduação em enfermagem do município de São Paulo. Rev.latino-am.enfermagem. Ribeirão Preto, v. 6, n. 3, p. 11-22, julho 1998.
INTRODUÇÃONa área da saúde, constatamos uma preocupação crescente dos diversos profissionais em aprimorar conhecimentos técnicos e científicos, estimulando assim seu desenvolvimento e aumentando suas responsabilidades, pois cada um deles objetiva qualificar cada vez mais o nível de assistência prestada ao cliente, família e comunidade.Entre os enfermeiros, esta preocupação evidencia-se através do aprimoramento da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) utilizando-se o método denominado "Processo de Enfermagem". O exame físico, etapa deste processo, é de extrema relevância na avaliação do paciente e na definição do diagnóstico de enfermagem, fornecendo subsídios para um planejamento da assistência de acordo com as necessidades e anormalidades encontradas.Para conhecer as condições do cliente (avaliação), detectar suas necessidades (diagnóstico) e prescrever a assistência de enfermagem (intervenção), é necessário que o enfermeiro, além de se basear na observação sistematizada, examine o cliente de maneira completa, utilizando seus conhecimentos de anatomia, fisiologia, fisiopatologia, patologia clínica, psicologia, enfermagem, propedêutica e de exames complementares (ECG, radiológico, laboratorial, etc.) com finalidade de estabelecer intervenções coerentes com um diagnóstico adequadamente declarado -BARROS et al. (1991).KIMURA (1991) diz que "o exame físico deve ser incorporado à prática de enfermagem, como primeiro passo de uma assistência sistematizada. Torna-se, assim, necessário aprimorá-lo cada vez mais no conteúdo de ensino a ser ministrado nos diferentes níveis de formação, sobretudo na graduação, afim de que sejam desenvolvidas as habilidades para a sua execução, num nível compatível com a segurança dos pacientes".A preocupação com maior eficiência e eficácia na avaliação clínica do cliente, como também na determinação das intervenções de enfermagem, vem aumentando gradativamente na população de enfermeiros assistenciais e docentes da cidade de São Paulo.