Tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e os fatores associados em estudantes de medicina

Abstract

RESUMO Objetivos Descrever a prevalência e fatores associados ao uso de bebidas alcoólicas entre estudantes de Medicina. Estimar a prevalência de tabagismo. Métodos Corte transversal com questionário autoaplicado a todos os estudantes de Medicina de uma universidade pública na Bahia (n = 616), matriculados do primeiro ao oitavo semestre. Análise multivariada por meio de Regressão de Cox identificou os fatores associados ao uso de bebidas alcoólicas, por meio de três desfechos: presença e frequência de uso e o padrão de uso denominado binge drinking. Resultados Foram estudados 556 estudantes (90,2% de resposta), entre os quais 58,7% bebem, 21% consomem álcool com uma frequência de pelo menos uma vez por semana e 36% fazem binge drinking. O público masculino e os mais ativos fisicamente no lazer apresentaram maiores prevalências de uso de bebidas alcoólicas, seja pela maior frequência de uso ou uso de mais doses em uma ocasião. Variáveis escolares se associaram a uma ou outra modalidade de mensuração do uso de álcool. A prevalência de tabagismo foi de 4,8%. Conclusão O uso de bebidas alcoólicas e seu padrão de consumo foram altos na população estudada, consistente com outras populações de estudantes já investigadas. A baixa prevalência de tabagismo é consistente com a literatura, que admite o êxito de políticas públicas destinadas ao controle desse consumo no Brasil.

Tabagismo entre estudantes de Medicina das Faculdades Nova Esperança e Ciências Médicas da Paraíba

“…Outro estudo como o de Scapim et al, (2021), estimou a prevalência de tabagismo entre estudantes de medicina de uma faculdade da Bahia, observou que a maior parte dos fumantes eram do sexo masculino.…”

Consumo de álcool durante a faculdade: coorte de estudantes de medicina da Universidade Federal do Acre

“…No presente estudo, a prevalência de consumo de álcool entre os solteiros foi de 59,5%. Ainda sobre o estudo realizado em uma universidade pública da Bahia, já citado, a prevalência de consumo entre os solteiros (21%) foi menor que a encontrada em nossa amostra (SCAPIM et al, 2021).…”

“…Há um vácuo na literatura sobre esse tema entre os estudantes de medicina, no entanto, um estudo realizado com estudantes de medicina no sul do brasil, constatou que variáveis como a pratica de religião, morar com os pais, um lar harmonioso e desaprovação ao uso de drogas são associadas ao menor uso de drogas (BONIATTI et al, 2007) [s.d.]). Diferentemente do que foi relatado por um estudo realizado em uma universidade pública da Bahia, já citado, em que a porcentagem de consumo excessivo (36%) foi maior do que todas as capitais estudadas (SCAPIM et al, 2021).…”