Avaliação da estrutura fatorial do Body Shape Questionnaire: análise fatorial exploratória ou confirmatória?

Abstract

RESUMO Objetivo: Conduzir uma discussão sobre as estratégias adotadas para avaliação da estrutura fatorial de instrumentos psicométricos utilizando como exemplo os modelos fatoriais do Body Shape Questionnaire (BSQ). Métodos: Foram avaliados sete modelos fatoriais diferentes do BSQ, que foram obtidos por meio de análise fatorial exploratória (AFE) e estão apresentados na literatura. A análise fatorial confirmatória desses modelos foi realizada para a amostra de estudo utilizando-se aos índices qui-quadrado pelos graus de liberdade (χ2/gl), Comparative Fit Index (CFI), Tucker-Lewis index (TLI), Root Mean Square Error of Approximation (RMSEA) e Weighted Root Mean Square Residual (WRMR). As validades convergente e discriminante foram avaliadas a partir da variância extraída média e do coeficiente de determinação entre os fatores do BSQ, respectivamente. A confiabilidade dos modelos foi avaliada a partir da confiabilidade composta e do coeficiente alfa de Cronbach. Resultados: Participaram 739 universitárias com média de idade de 20,4 (desvio-padrão = 2,4) anos. Todos os modelos apresentaram adequado ajustamento para a amostra de estudo, contudo a validade discriminante esteve comprometida neles. A confiabilidade dos modelos também foi adequada. Conclusão: Apesar de todos os modelos testados do BSQ apresentarem bons indicadores psicométricos, salienta-se que eles foram obtidos em amostras diferentes utilizando-se AFE e sem justificativa teórica plausível para a construção dos fatores, o que pode dificultar a escolha de um modelo para utilização em ambiente clínico. Assim, diante da importância de preservação do conceito teórico durante o desenvolvimento do instrumento, sugere-se cautela na utilização de modelos sem sustentação teórica.

Lifestyle choices of Brazilian college students

“…Such results suggest that the psychometric properties obtained are related to the data and not to the instrument per se (Marôco, 2014) and, therefore, the instrument's properties should be assessed whenever it is applied to different samples and in different contexts. Moreover, considering that the PEVI was developed from a theoretical model (Nahas, Barros & Francalacci, 2000), this model should be tested on these samples by confirmatory factor analysis (CFA); exploratory analysis is justified only if the original model was refuted (Anastasi & Urbina, 1997;Silva, Marôco & Campos, 2018) in CFA. As no previous study assessed the operationalization of lifestyle concepts using the PEVI among university students, our results have no data to be compared with.…”

“…The PEVI's psychometric properties have been assessed only through exploratory factor analysis (Hernandez et al, 2007;Both et al, 2008). However, considering that the PEVI's theoretical model was established a priori (Nahas, Barros & Francalacci, 2000), a confirmatory approach should be more appropriate (Anastasi & Urbina, 1997;Silva, Marôco & Campos, 2018).…”

Body Shape Questionnaire (BSQ): Estructura factorial y fiabilidad en universitarios peruanos

“…En ese sentido, el modelo de un factor (M1) explicó mejor el constructo a comparación de un modelo de dos (M2), tres (M3), cuatro (M4) o cinco factores (M5) debido a la alta correlación interfactorial que presentaban. Esto no es una sorpresa cuando se revisa otras investigaciones que reportan altas correlaciones de factores evidenciando multicolinealidad, es decir, ausencia de independencia de cada factor (Da Silva, Marôco & Campos, 2018;Dominguez-Lara et al, 2018) afirmando la presencia de un factor general que representa apropiadamente la estructura interna y que no significa un conjunto espurio de ítems. En ese sentido, los resultados de la investigación concuerdan con otros estudios del BSQ como la evidencia de validez en Brasil (Da Silva et al, 2014), México (Dominguez-Lara et al, 2018, Estados Unidos (Franko et al, 2012) y otros análisis psicométricos en muestras europeas (Kling et al, 2019).…”

“…En ese sentido, la insatisfacción corporal es comprendida como un constructo unidimensional que explica la preocupación del individuo por el tamaño y forma de algunas partes de su cuerpo, respaldada teóricamente por la dimensión actitudinal de la imagen corporal (Cooper et al, 1987) y que no existe justificación teórica para considerar un modelo multidimensional (Da Silva et al, 2018). Los estudios con evidencia de más de un factor (Castrillón-Moreno et al, 2007;Ochoa et al, 2007;Raich et al, 1996;Rousseau et al, 2005), no presentan sustento teórico para la estructura de estos factores y en algunos casos se utiliza el análisis factorial exploratorio, el cual no es recomendable cuando ya existe una teoría desarrollada para un instrumento (Da Silva et al, 2018).…”