2018
DOI: 10.15448/1984-7289.2018.1.27560
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Dilemas do feminismo e a possibilidade de radicalização da democracia em meio às diferenças: o caso da Marcha das Vadias do Rio de Janeiro

Abstract: O objetivo do artigo é analisar maneiras pelas quais a tensão entre igualdade e diferença é debatida no feminismo contemporâneo, bem como as implicações em termos de possibilidades e desafios para a efetivação da democracia. A metodologia consistiu em observação participante realizada em eventos e reuniões organizados por ativistas da Marcha das Vadias do Rio de Janeiro, entre maio e agosto de 2014. Nos anos seguintes, acompanhamos essa e outras iniciativas feministas do Rio de Janeiro, bem como os debates onl… Show more

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“…"(MC Trans, 2021).A interpelação feita a mulheres trans sobre a utilização de banheiros públicos femininos a partir do argumento de que elas podem violentar mulheres cisgêneras é observada em movimentos feministas que agregam as "Terfs"trans exclusionary radical feminists -, que argumentam que o feminismo não deveria incluir travestis e mulheres trans, pois estas teriam tido socializações e experiências masculinas, além de reproduzirem estereótipos femininos. Dessa forma, travestis e mulheres trans têm suas identidades rejeitadas e são vistas como homens(Ribeiro et al, 2018). Posicionamentos como este contribuem para o fortalecimento de uma visão dicotômica e biologicista de gênero, tendo como consequência direta a exclusão do acesso de travestis e mulheres trans aos banheiros, além de afirmar a não legitimidade dessas experiências nos espaços públicos.…”
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“…"(MC Trans, 2021).A interpelação feita a mulheres trans sobre a utilização de banheiros públicos femininos a partir do argumento de que elas podem violentar mulheres cisgêneras é observada em movimentos feministas que agregam as "Terfs"trans exclusionary radical feminists -, que argumentam que o feminismo não deveria incluir travestis e mulheres trans, pois estas teriam tido socializações e experiências masculinas, além de reproduzirem estereótipos femininos. Dessa forma, travestis e mulheres trans têm suas identidades rejeitadas e são vistas como homens(Ribeiro et al, 2018). Posicionamentos como este contribuem para o fortalecimento de uma visão dicotômica e biologicista de gênero, tendo como consequência direta a exclusão do acesso de travestis e mulheres trans aos banheiros, além de afirmar a não legitimidade dessas experiências nos espaços públicos.…”
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“…Ao longo dos dias de protestos, diversas pautas e demandas foram colocadas no espaço público das cidades e tomaram uma dimensão não vista anteriormente em outras mobilizações iniciadas pelo grupo. Além do grande número de pessoas presentes nas manifestações, as motivações e pautas foram expandidas e o público foi diversificado a cada novo ato convocado.Nesse contexto, o movimento feminista, que desde 2012 foi impulsionado mundialmente pelas mídias sociais, recolocou a questão de gênero no debate público brasileiro, garantindo importante expressão aos feminismos e às suas diversas demandas(Dutra, 2018;Ribeiro;O'Dwyer;Heilborn, 2018). Indo além do ativismo digital, a luta das mulheres também disputou as ruas.…”
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“…A Primavera das mulheres ou primavera feminista refere-se à mobilização que reuniu milhares de mulheres nas ruas em 2015, a qual está associada a um forte ativismo nas redes sociais(Dutra, 2018;Ribeiro;O'Dwyer;Heilborn, 2018).…”
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