2014
DOI: 10.15448/1984-7289.2014.1.16185
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Estudos pós-coloniais: desconstruindo genealogias eurocêntricas

Abstract: Os conteúdos deste periódico de acesso aberto estão licenciados sob os termos da Licença Creative Commons Atribuição-UsoNãoComercial-ObrasDerivadasProibidas 3.0 Unported.

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1

Citation Types

0
1
0
15

Year Published

2015
2015
2022
2022

Publication Types

Select...
9

Relationship

0
9

Authors

Journals

citations
Cited by 22 publications
(16 citation statements)
references
References 1 publication
0
1
0
15
Order By: Relevance
“…O discurso triunfalista de desenvolvimento que caracteriza os grandes projetos não pode ser visto de forma dissociada do discurso triunfalista da própria ideia de modernidade, -entendemos neste contexto por modernidade no sentido abordado pela perspectiva dos estudos pós-coloniais e da decolonialidade (SOUZA PINTO; MIGNOLO, 2015;MIGLIEVICH-RIBEIRO, 2014;MATA, 2014); como um projeto de dominação epistêmica, econômica e política do mundo -que esconde, segundo Souza Pinto e Mignolo (2015) horrores como a colonialidade, -uma relação já evidenciada por Aníbal Quijano (2005) -o genocídio dos outros povos, a destruição das diversidades socioculturais (MIGLIEVICH-RIBEIRO, 2014), degradação dos solos, bem como a expropriação ou os deslocamentos compulsórios das comunidades locais.…”
Section: Grandes Projetos De Mineração: Do Discurso De Desenvolvimentunclassified
“…O discurso triunfalista de desenvolvimento que caracteriza os grandes projetos não pode ser visto de forma dissociada do discurso triunfalista da própria ideia de modernidade, -entendemos neste contexto por modernidade no sentido abordado pela perspectiva dos estudos pós-coloniais e da decolonialidade (SOUZA PINTO; MIGNOLO, 2015;MIGLIEVICH-RIBEIRO, 2014;MATA, 2014); como um projeto de dominação epistêmica, econômica e política do mundo -que esconde, segundo Souza Pinto e Mignolo (2015) horrores como a colonialidade, -uma relação já evidenciada por Aníbal Quijano (2005) -o genocídio dos outros povos, a destruição das diversidades socioculturais (MIGLIEVICH-RIBEIRO, 2014), degradação dos solos, bem como a expropriação ou os deslocamentos compulsórios das comunidades locais.…”
Section: Grandes Projetos De Mineração: Do Discurso De Desenvolvimentunclassified
“…A resistência dos estudos literários, em virtude de seus pressupostos eurocêntri-cos, em abordar as literaturas "pós-coloniais" (Mata, 2014) -isto é, politicamente engajadas num processo tenso e contraditório de autoconsciência e autoafirmação -teria tornado quase obrigatória a adoção dos pressupostos da crítica pós-colonial, não possibilitando aos estudiosos do campo a nele penetrarem sem antes passarem por um processo de imersão naqueles princípios para, eventualmente, emergirem com uma visão mais matizada e, por vezes, atenta aos riscos de reificação de discursos que se deseja superar (ver Mata, 2007;2014;Mendonça, 2008a;Meneses, 2012). Perguntamos se não aconteceria aqui algo semelhante ao que Williams afirmou ocorrer com o marxismo: os instrumentos de análise, os conceitos, não estariam sendo consubstanciados, substantivados eles próprios como a realidade empírica a ser analisada?…”
Section: Do Materialismo Cultural àS Estruturas De Sentimentounclassified
“…Isso se explica, em parte, pelo fato daquela literatura ter sido produzida, em suas origens, como arma de combate que fortaleceu a luta de libertação do jugo do colonialismo, posteriormente, no período pós-independência, ter se tornado um poderoso instrumento de elaboração dos sentidos da nação e ainda pelo fato de que parte desta literatura tenha produzido um discurso crítico que problematiza não apenas o passado e a herança colonial, como ainda as contradições emergentes na nova ordem social (ver, entre outros, Hamilton, 1999;Mata, 2007;2014;Mendonça, 2008a;2008b;Meneses, 2012 Devemos deixar claro que a proposta de reflexão aqui não se filia às tendências teóricas acima indicadas: estudos literários e crítica pós-colonial. Ainda que haja forte sinergia com a crítica pós-colonial, propomos uma abordagem do problema da literatura como forma de conhecimento inspirada no materialismo cultural de Raymond Williams (1979).…”
unclassified
“…Or rather, the lack of space and entangled temporalities make the science from the Global South tangential, as an expanded place (Resende & Thies, 2017) acknowledged and assumed as fundamental to understand that specific, established and fixed models attributed by the political and economic dominant order are intertwined with postcolonial models and challenge the world (dis)order (Levander & Mignolo, 2011). In this sense, rather than a negation of dominant models, this constitutive view on epistemologies of the South invites us to reformulate the former colony countries paradigms from perspectives that expose the power conflicts and the ideological naturalization of subordination, exclusion and peripheral status (Mata, 2014). Epistemologies of the South, in their postcolonial perspectives, should be perceived as the meeting of different concepts on knowledge and power (Santos, 2008).…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%