Governança democrática da segurança pública: o caso da educação policial no Brasil

Abstract

Os conteúdos deste periódico de acesso aberto estão licenciados sob os termos da Licença Creative Commons Atribuição-UsoNãoComercial-ObrasDerivadasProibidas 3.0 Unported. Civitas Porto Alegre v. 13 n. 1 p. 48-55 jan.-abr. 2013 Governança democrática da segurança pública O caso da educação policial no Brasil Democratic governance and public security The case of police education in Brazil Paula Poncioni* Resumo: Este artigo busca analisar a experiência de governança da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) no sentido de direcionar, coordenar e avaliar as ações e metas propostas pelas políticas públicas na área da segurança para o incremento de um novo paradigma-o da segurança pública com cidadania-na chamada "educação policial". Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica e de campo. A pesquisa bibliográfica compreendeu o exame da literatura, nacional e internacional, sobre polícia, profissionalismo, governança, políticas públicas e democracia. A pesquisa de campo envolveu basicamente o exame da documentação oficial da Secretaria Nacional de Segurança Pública/Ministério da Justiça (Senasp/MJ), especialmente aquela dirigida à área de "educação policial", produzida no período compreendido entre 2003 e 2010.

Strategic resonance and innovation in public security services in Brazil

“…This results are justified for due to the need, both by the CSS police and the popolation served by CP, to present and develop related competencies, in order to operationalize the service, representing a close relationship of the co-production required for its execution. In this regard, authors generally suggest that the police are resistant to changes to their skills and attitudes (CHALOM et al, 2001;PONCIONI, 2013), while the population establishes presuppositions of tension with police organizations that include distrust and fear (MESQUI-TA NETO, 2004;OLIVEIRA JÚNIOR;ROLIM, 2007), among others. However, it was noticed that the interviewees had a conception of a policing IS constructed from the relationship between the parties, due to the CSSs, as Gallouj (2002) advocates.…”

“…However, it was noticed that the interviewees had a conception of a policing IS constructed from the relationship between the parties, due to the CSSs, as Gallouj (2002) advocates. For Cruz and Barbosa (2002b) and Poncioni (2013), this behavior is common in organizations that work with public security, as environmental pressures induce them to enhance their competencies in order to improve their operations. This result is confirmed by other studies on CP from the standpoint of the simultaneous mobilization of competencies to operationalize the service (such as in: BAYLEY; SKOLNICK, 2002;BENGOCHEA et al, 2004).…”

“…Research on innovation in public security services (ISSP) and specifically about policing, generally focuses on IS, whether at an institutional (for example, BEATO FILHO, 1999;CRAIG;HEIKKILA, 1989) or individual level (see MESQUITA NETO, 2004), instead of an organizational level. In addition, studies tend to emphasize innovations in policing (OLI-VEIRA JÚNIOR; SILVA, 2010) and governance models (CHALOM et al, 2001;PONCIONI, 2013), instead of the processes through which innovation is implemented. Research has also suggested (see ROBERTSON, 1998;MARX, 1987;SPARROW, 2014) that the specific characteristics of public security services make the innovation process in organizations in the public sector distinct from what occurs in the private sector.…”

Gerenciando a coexistência: uma comparação entre mulheres e homens no trabalho de agentes prisionais

“…No campo da segurança pública brasileira, diversas são as análises que pontuam como a profissão de policial é vista como executada por um herói, que não precisa ser treinado, visto que já nasceu com os hormônios que tornam o sujeito vocacionado para a atividade, dispensando-o de qualquer tipo de capacitação (PONCIONI, 2013). Em razão dessa forma de ver a profissão, as mulheres são naturalmente "mal-vindas".…”

A política educacional de formação de Policiais Militares

“…A questão da violência no Brasil suscitou discussões que se voltam para o campo formativo dos policiais. Na história recente do país, ou seja, em 2018, tais discussões redundaram no Projeto Nacional de Segurança Pública, intitulado SUSP - (2001), Poncioni (2005Poncioni ( , 2012Poncioni ( , 2013Poncioni ( , 2014 e Tavares dos Santos (2014) se tornaram referência para este estudo.…”