O presente artigo enfoca o Maranhão de meados do século XX, quando, a exemplo de outros estados do Brasil, observa-se que alguns lugares de expressão das religiões de matriz africana começam, ainda que timidamente, a ser vistos, positivamente, como elementos da cultura nacional e regional. Entretanto, isto não impede que os sujeitos identificados com religiões e religiosidades populares e de matriz africana continuem a ser objeto de preconceito, discriminação e violência. Diante disso, o povo de santo, alvo prioritário da perseguição policial e ao qual se nega até o direito de existir, insiste em demarcar sua alteridade e em intervir no mundo social.