2013
DOI: 10.11606/issn.2178-0447.ars.2013.64455
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Mitate: a retórica japonesa da repetição renovada

Abstract: <p>A retórica do mitate tem sido discutida nas últimas décadas como central na produção do período Edo, não só no campo da poesia como no da pintura. Almeja-se aqui fazer um estudo monográfico sobre o termo, destacando exemplos literários e pictóricos, bem como uma interpretação sobre os modos pelos quais este artifício retórico permeia a cultura japonesa de vários períodos.</p>

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“…Tratava de uma atividade de associação voluntária na qual as pessoas, não raro estranhas umas às outras e pertencentes a diferentes contextos sociais, reuniam-se para fazer poesia, completando, em improviso, versos um dos outros, em um jogo lúdico que misturava aspectos literários e performáticos-teatrais. Tal jogo seguia regras específicas e se baseava em retóricas literárias e imagéticas convencionadas, característica comum a toda poesia clássica japonesa, retóricas que possibilitam jogos sofisticados de referência e sentido, pouco inteligíveis para não iniciados nos códigos da tradição (Ikegami, 2005;Cox, 2008;Cordaro, 2013).…”
Section: Origens Medievais Dos Enclaves Estéticosunclassified
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“…Tratava de uma atividade de associação voluntária na qual as pessoas, não raro estranhas umas às outras e pertencentes a diferentes contextos sociais, reuniam-se para fazer poesia, completando, em improviso, versos um dos outros, em um jogo lúdico que misturava aspectos literários e performáticos-teatrais. Tal jogo seguia regras específicas e se baseava em retóricas literárias e imagéticas convencionadas, característica comum a toda poesia clássica japonesa, retóricas que possibilitam jogos sofisticados de referência e sentido, pouco inteligíveis para não iniciados nos códigos da tradição (Ikegami, 2005;Cox, 2008;Cordaro, 2013).…”
Section: Origens Medievais Dos Enclaves Estéticosunclassified
“…Bravura anacrônica, segundo Kaupatez e Cordaro (2005, p. 31), já que ela provinha de períodos de guerra e instabilidade, bravura que, em tempos da pax Tokugawa, decantou em um habitus citadino forjado por "fragmentos dessa identidade heroica". Tal identidade heroica e galhofeira, que possui tintas do passado, atualizava-se na medida em que servia como resistência e contestação ao autoritarismo e ao moralismo que caracterizavam as elites governantes no xogunato, como aponta o imenso sucesso da novela Suikoden e dos escritos satíricos entre os chōnin (Cordaro;2008, p. 31;Maclaren, pp. 37-38).…”
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