Introdução: A Insuficiência Renal Crônica é um problema de saúde pública, e sua evolução precisa de acompanhamento terapêutico e até mesmo transplante renal. Um desses tratamentos é a hemodiálise, um procedimento invasivo que filtra o sangue dos pacientes utilizando uma máquina dialisadora. Esse processo acarreta em diversos problemas de metabolismo afetando assim o equilíbrio antioxidante desses pacientes, causando estresse oxidativo. Como prática de saúde e autocuidado, muitas dessas pessoas utilizam chás e infusões como tratamento adjuvante na IRC. Um exemplo, popularmente utilizado como anti-inflamatório e antioxidante, o Gengibre. Objetivo: Realizar a caracterização fitoquímica e avaliar o efeito antioxidante do extrato hidroetanólico do rizoma de gengibre em eritrócitos de pacientes com IRC em tratamento com HD. Método: Foi realizado um estudo in vitro, com eritrócitos de 12 pacientes submetidos à hemodiálise para a análise dos marcadores de dano lipídico (TBARS) concentração de tiol não proteico (GSH) e atividade da enzima Catalase (CAT). Após o tratamento extrato hidroetanólico de rizoma de gengibre nas concentrações de 0,4; 0,2; 0,1; 0,05 mg/mL. Resultados: O extrato mostrou um poder de remoção do marcador DPPH de 7,168x10³ µg de eq. Trolox/g de extrato, uma concentração de taninos totais de 6,096 mg/g de extrato, e um poder redutor de 10 em mg eq. BHT/g de extrato. Foi constatado o aumento dos níveis de TBARS e a diminuição dos níveis de GSH nos pacientes submetidos à HD, quanto aos níveis de marcadores oxidativo dosados, após a exposição dos eritrócitos não houve melhora significativa em nenhuma das concentrações e sim um aumento do dano lipídico na concentração mais alta do extrato (0,400 mg/mL). Conclusão: O extrato hidroetanólico do Gengibre não apresentou propriedades antioxidantes nos testes realizados neste estudo.