Existem atualmente diversos fatores que podem interferir no processo efetivo de ensino-aprendizagem de estudantes bilíngues originários de comunidades de minorias linguísticas no Brasil, sejam eles relacionados à falta de oferta de preparo adequado para professores ou a perspectivas hegemônicas a respeito dessas minorias. Isto posto, este artigo tem como objetivo identificar quais as crenças de professores inseridos em contexto bilíngue, e as implicações delas na educação de estudantes falantes de alemão como língua materna. Para isso, é realizada uma revisão bibliográfica de estudos da área, bem como considerações a respeito de possibilidades para salas de aula com falantes bi ou multilíngues, com base em Fritzen (2007), Graves (2000), Liberali e Swanwick (2020), entre outros. É elaborado um instrumento de pesquisa, enviado para professores inseridos no âmbito e, por fim, examinam-se os resultados, que apresentam as crenças dos participantes, relacionando-as com a teoria exposta. O resultado expôs crenças errôneas ainda perpetuadas quanto à aprendizagem de estudantes bilíngues, bem como certa resistência quanto às práticas bilíngues em sala de aula, o que aponta para estratégias docentes condizentes com essa visão.