Memória e ditadura militar: lembrando as violações de direitos humanos

Abstract

Este artigo tem por objetivo analisar a formação de arquivos, a preservação de sítios da memória e a criação de museus relacionados à construção da memória das violações de direitos humanos no período da ditadura civil-militar. Em sociedades contemporâneas, em que o ritmo da vida e as novas tecnologias dificultam os encontros e permanências, já não falamos tanto de memória comunitária ou do grupo, mas, sim, de memória culturais, que são exteriorizadas e armazenadas a partir de meios ou suportes. Embora o trabalho da memória nem sempre tenha a capacidade de evitar a repetição de atrocidades, a necessidade que temos dele se impõe quando ameaças de negacionismo e falsificações históricas se fortalecem. As fontes de dados utilizadas estão presentes em documentos produzidos por organizações governamentais e da sociedade civil, meios de comunicação, sítios eletrônicos, instituições visitadas, bem como em algumas entrevistas realizadas.

Memory Policies on the Authoritarian Past and Outcomes for Democracy in Argentina and Brazil

“…However, it maintained the secrecy for those documents that threatened Brazilian 'sovereignty, territorial integrity, or foreign relations'. Also, intra-governmental discussions around the 2009 National Human Rights Programme showed a clear division between areas of the government that defended the investigation of the dictatorship´s crimes and the non-application of the 1979 Amnesty Law, and others that defended the validity of this law and the closure or resolution of the past (Santos, 2010).…”

(Re)lembrando Jango hoje: uma análise sociológica das memórias sobre João Goulart

“…As esquerdas se unem então contra um inimigo comum: a ditadura e a memória de apologia a ela. Ao mesmo tempo, a questão da violação dos direitos humanos se torna um tema particularmente sensível (Santos, 2021).…”