Sou um jovem branco, homem cisgênero, filho de trabalhadores assalariados; morei durante muitos anos em um bairro da periferia. Hoje, como pesquisador e professor universitário, pertenço, do ponto de vista da classe social, a uma "nova" classe média "intelectualizada". Na condição artesanal de um etnógrafo urbano, desloco-me de carro até a Praça das Flores, um amplo logradouro arborizado, com quadra esportiva, playground e quiosques com variadas espécies de plantas e flores à venda, tudo ao ar livre.
2A praça encontra-se localizada na região central da Aldeota, um tradicional bairro de classe média e alta da cidade de Fortaleza-CE. O entorno da praça é caracterizado por amplas ruas e avenidas igualmente arborizadas que vão compondo o contraste da densa paisagem verticalizada de prédios imponentes formando uma "floresta" de edifícios urbanos de usos residenciais e comerciais de alto padrão. Cooper etnográfico: branquitude nas performances de classe e raça no espaço u... Ponto Urbe, 30 v.2 | 2022 Cooper etnográfico: branquitude nas performances de classe e raça no espaço u... Ponto Urbe, 30 v.2 | 2022 10 A partir de julho de 2020, retomei de modo mais sistemático as idas à praça para o trabalho de observação participante. A minha "nova" entrada no campo presencial se Cooper etnográfico: branquitude nas performances de classe e raça no espaço u...