Tratamento de fraturas patológicas tumorais diafisárias do úmero com haste intramedular rígida bloqueada estática – Experiência de 22 anos

Abstract

Resumo Objetivo Estudo retrospectivo observacional em pacientes submetidos à fixação com haste intramedular de fratura patológica tumoral consumada ou iminente da diáfise do úmero em contexto de doença tumoral disseminada ao longo de 22 anos na mesma instituição. Métodos Amostra com 82 pacientes e 86 fixações do úmero com haste intramedular rígida bloqueada estática não fresada anterógrada ou retrógrada. Resultados Os tumores primários mais prevalentes foram carcinoma da mama (30,49%), mieloma múltiplo (24,39%), adenocarcinoma do pulmão (8,54%) e carcinoma das células renais (6,10%). O tempo médio de intervenção cirúrgica para fixação com haste foi 90,16 ± 42,98 minutos (40-135). Todos os pacientes referiram melhoria das queixas álgicas no nível do braço e velicou-se melhoria do score MSTS médio de 26% no pré-operatório para 72,6% na avaliação efetuada nos pacientes ainda vivos aos três meses de pós-operatório. A taxa de sobrevivência aos três meses após a cirurgia foi de 69,50%, 56,10% aos seis meses, 26,70% em um ano e 11,90% em dois anos. Nenhuma das mortes decorreu da cirurgia ou de complicações dela. Apenas se registaram quatro complicações relacionadas com a cirurgia, uma intraoperatória e três tardias, corresponderam a risco de complicações de 4,65%. Conclusão O uso de haste intramedular não fresada estática bloqueada (anterógrado ou retrógrado) no úmero é um método rápido, seguro, eficaz e com baixa morbilidade no tratamento das fraturas patológicas da diáfise umeral, garante fixação estável do braço e consequentemente melhora a funcionalidade e a qualidade de vida desses pacientes durante a sua curta expectativa de vida.

Intramedullary Nailing Versus Plate Osteosynthesis for Humeral Shaft Metastatic Lesions

“…Our findings are in line with retrospective studies that also concluded at no difference between nailing and plating for function [9,17]. It does however differ from others which found a greater improvement in function with intramedullary nailing compared to plate osteosynthesis [2,5,7,8,18,19]. Table 2 outlines available studies on this topic.…”

“…Guidelines are available to the case selection that would most likely benefit from surgery such as the Mirel's score for predicting the risk of pathologic fractures [4]. In the case of humeral metastatic impending or established fracture and when repairing of the bone is chosen, intramedullary (IM) nailing might be the preferred option based on its mechanical advantages and for its whole bone protection [3,5,6]. Studies reported that IM nailing (IMN) was preferred in more than 90% of the cases in comparison to the other treatment modalities [5,7].…”

“…In the case of humeral metastatic impending or established fracture and when repairing of the bone is chosen, intramedullary (IM) nailing might be the preferred option based on its mechanical advantages and for its whole bone protection [3,5,6]. Studies reported that IM nailing (IMN) was preferred in more than 90% of the cases in comparison to the other treatment modalities [5,7]. As an alternative, plate osteosynthesis is an option that leads to a much more extensive surgical exposure, higher blood loss and weaker construct which may affect the overall outcome in case of complications such as failure of the bone to unite or local progression of tumor despite treatment [8].…”

Fratura de Holstein Lewis em paciente feminina de 39 anos: relato de caso

“…Recomenda-se uma espessura de placa > 3,5 mm (uma placa grande) para a maioria dos adultos e pelo menos quatro orifícios nos fragmentos proximal e distal para melhorar a estabilidade da fixação da placa, embora o número de parafusos necessários possa ser reduzido para três (seis córtices) se forem usados parafusos de retração sólidos. Entretanto, a adesão a essas regras é difícil para as fraturas diafisárias distais do úmero, especialmente aquelas em torno da zona de transição metafisária entre a diáfise e as cristas supracondilianas (MOURA et. al, 2018).…”

“…Contudo, mesmo para a abordagem posterior, a fixação com três ou abordagem para o manejo das fraturas do terço distal da caixa de úmero (MOURA et. al, 2018).…”