A dificuldade de se compreender a organização das cidades instiga a busca por descobrir uma lógica na dinâmica urbana de maneira mais abrangente e não fragmentada. Trazer o pensamento sistêmico para o urbanismo, ou seja, assumir as cidades enquanto sistemas complexos, oferece uma possibilidade de abordagem integral do espaço urbano. Neste trabalho, considera-se que a estrutura espacial da cidade é um macrossistema repleto de campos a serem investigados, buscando a compreensão das relações entre esses campos e suas interações com a cidade. A mobilidade urbana, enquanto uma das áreas de análise, é considerada um campo essencial para o entendimento da estrutura socioeconômica e espacial intraurbana, conectando pessoas ao território urbano. Esse estudo adota como base a análise sistêmica aplicada à mobilidade dentro do contexto da estrutura espacial urbana. Objetiva-se, para tal, identificar e analisar as relações entre a estrutura espacial e a mobilidade urbana na Região Metropolitana de Goiânia (RMG). A pesquisa é de natureza básica, exploratória, descritiva e baseada principalmente em análises quali-quantitativas. Adota-se o uso da análise espacial georreferenciada a partir de um modelo inferencial que busca expor a relação entre eixos escolhidos. O modelo adotado é o de autocorrelação espacial, construído a partir de uma análise exploratória para identificação de localizações atípicas (outliers) e padrões de associação espacial (clusters) por meio de mapas das variáveis em estudo. Como resultado da pesquisa, explora-se as relações existentes entre a estrutura espacial e a mobilidade urbana na RMG testando a hipótese de a teoria sistêmica ser uma ferramenta capaz de auxiliar na compreensão de relações urbanas.
Devido os processos de rápida urbanização das cidades, em todo o mundo tem-se observado um padrão de urbanização disperso, segregado e repleto de impactos. Denominado enquanto urban sprawl ou espraiamento urbano, esse fenômeno fragmenta o tecido urbano, dificulta o acesso às infraestruturas urbanas e agrava as desigualdades socioespaciais. Devido haver uma conformidade entre os processos de metropolização e espraiamento urbano, elege-se um caso metropolitano de análise: a Região Metropolitana de Goiânia (RMG). Com isso, o trabalho objetiva desenvolver um procedimento metodológico para caracterizar e analisar os processos de espraiamento na estrutura espacial da RMG. Essa pesquisa é de natureza básica, exploratória, descritiva e baseada em análises quali-quantitativas. Adota-se um modelo inferencial de autocorrelação espacial, a partir de uma análise exploratória para identificação de localizações atípicas (outliers) e padrões de associação espacial (clusters). Como resultado da pesquisa, foi possível identificar e observar quantitativamente como se configura a estrutura espacial desse território, apontando as regiões mais segregadas e desintegradas do núcleo urbano, assim como a presença de uma estrutura urbana monocêntrica.
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