El nacimiento del Caníbal: un debate conceptual El nacimiento del Caníbal: un debate conceptual r e s u m e N El artículo propone un debate teórico alrededor de los orígenes del canibalismo a partir de los escritos de Cristóbal Colón. La construcción del caníbal será de vital importancia para entender los argumentos que vendrán a justificar no sólo la conquista del Caribe, sino también a legitimar la estigmatización a grupos amerindios acusados de consumir carne humana.
No s éculo XVII as telas do holandês Albert Eckhout, sobre os Tupis e Tapuias, abandonam os cânones Renascentistas de beleza idealizada por uma imagem de índio mais descritiva e naturalista. Este tipo de imagem se revelará vitoriosa e será seguida pelos viajantes dos séculos XVII-XIX. Contudo, estas imagens "etnográficas" ainda que apresentem mudanças com relação aos esquemas renascentistas, não serão mais "objetivas" que as anteriores do século XVI, mostrando limitações iguais ao representar o índio "real" com esquemas convencionados um século antes.
As obras dedicadas à temática da bruxaria foram muito difundidas nos séculos XVI e XVII. Entre os artistas mais famosos por suas gravuras de bruxas estão Hans Baldung, Albrecht Dürer, Abraham Saur's e Gerald d'Euphrates. Nessas estampas aparecem mulheres velhas, de seios pendentes, pele enrugada e rostos grotescos, alternando com bruxas mais novas e belas, todas nuas, normalmente em episódios de sabbat, cozinhando poções, fazendo malefícios, desenterrando mortos, voando sobre bestas ou sendo levadas nas costas pelos demônios.As bruxas personificavam os medos da sociedade dos séculos XV e XVII e ganham conotações negativas por serem seguidoras do demônio, entregues à luxúria e à gula, porque nos seus rituais acabavam devorando crianças, adoravam o demônio e cediam aos vícios constantemente. Já no século VII a gula e a luxúria estavam associadas aos piores vícios, como se discorre no Poenitentiale, atribuído a Teodoro de Canterbury: "Da gula provêm a alegría inoportuna, a obscenidade, a frivolidade, a vaidade, as imundícies do corpo, a instabilidade mental, o desejo sexual... Da luxú-ria, a cegueira do espírito, a leviandade, a incoerência". A bruxaria era condenada como heresia. Como o inquisidor Bernard Gui observou aproximadamente em 1320, "a feitiçaria insinua o pacto, e o pacto insinua heresia que jaz sob a jurisdição da Inquisição".2 Acreditava-se em reuniões secretas, ritos de iniciação, adoração do Diabo, orgias, infanticídio e canibalismo, 3 temas estes presentes na iconografia da época. Tal atividade era vista como algo reprovável, como é ressaltado no Malleus Maleficarum, escrito em 1484:É preciso observar especialmente que essa heresiaa da bruxaria -difere de todas as demais porque nela não se faz apenas um pacto tácito com o diabo, e sim um pacto perfeitamente definido e explícito que ultraja o Criador e que tem por meta profaná-lo ao extremo e atingir Suas criaturas... [...] de todas as superstições, é mais vil, a mais maléfica, e mais hedionda -seu nome latino maleficium, significa exatamente praticar o mal e blasfemar contra a fé verdadeira. 4 Tal obra explica o horror que se sentia em relação à bruxa porque ela tinha de renunciar ao cristianismo, blasfemar, fazer um pacto e se entregar ao demônio, enfim, praticar o mal para poder obter benefícios: 5 Atentemos, em particular, para o fato de que para a prática desse mal abominável são necessários, do modo mais profano, renunciar à Fé Católica, ou negar de qualquer maneira certos dogmas da fé; em segundo lugar, é preciso dedicar-se de corpo e alma à prática do mal; em terceiro lugar, há de ofertar-se crianças não-batizadas a Satã; em quarto, é necessá-rio entregar-se a toda sorte de atos carnais com Íncu-bos e Súcubos e a toda sorte de prazeres obcenos. 6 A renúncia à fé católica, a prática do malefício, o sacrifício e o consumo de crianças, as orgias e todo tipo de luxúria eram atribuídos às bruxas, 7 acusações estas comuns das heresias. Acusações de orgia, incesto, infanticídio e canibalismo encontram-se nas cerimônias do Bacchanalia roma...
Resumo:O artigo começa com a apresentação da Coleção Grandes Viagens iniciada por Theodoro de Bry (1528-1598, para em sua segunda parte, analisar o alcance etnográfico e a aplicação da teoria da arte renascentista nas gravuras da Americae Tertia Pars (1592) sobre os índios Tupinambá. Palavras-chave: Tupinambá, Theodoro de Bry, gravuras, Renascimento, Grandes Viagens, americae tertia pars, etnografia, cânones clássicos. Este artigo parte de uma questão básica, por que os índios são representados nas gravuras do século XVI com corpos escultóricos? Assim, este texto analisa a teoria da arte da renascença, o alcance etnográfico e a influência dos cânones artísticos nas posturas e proporções dos tupinambás da Americae Tertia Pars (1592), que ajudarão a entender o corpo do índio como categoria universal, e não como um indivíduo em particular. Para isso é importante apresentar a obra na que esta reflexão se baseia. Theodoro de Bry e suas "Grandes Viagens"
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