Saúde Pública: Princípios e Práticas Introdução: Os transtornos de ansiedade são considerados extremamente incapacitantes, pois geram prejuízos em diversas esferas da vida do sujeito, e os adolescentes por se encontrarem em um período de importante desenvolvimento são considerados uma população com risco elevado para a instalação desse transtorno. Objetivo: Apresentar as prevalências e os principais fatores associados à ansiedade em adolescentes. Material e Métodos: Foi efetuada uma busca nas bases de dados PubMed, BVS -Biblioteca Virtual em Saúde (Lilacs, Medline, IBECS) e Scielo, onde se apresentaram elegíveis 14 estudos, todos de delineamento transversal. Resultados: Foram encontradas altas prevalências de sintomas ansiosos, algumas chegando até 68%, porém em média as prevalências foram de 18,1% a 28,7%, e a menor prevalência de 4,5%. Os fatores associados foram: o sexo feminino, consumo de álcool, baixa qualidade do sono, prática irregular ou inexiste de atividades físicas, maior tempo gasto com mídias sociais ou internet, eventos traumáticos, relacionamentos interpessoais negativos e baixo apoio social, emocional ou psicológico.Conclusão: Os achados desta revisão sugerem que os sintomas de ansiedade podem ser comuns na adolescência, o que vai ao encontro da literatura científica, contudo, os transtornos de ansiedade podem ser subestimados nessa população devido a outras problemáticas que permeiam esse período. Diante disso, salienta-se a necessidade de uma observação mais atenta aos adolescentes, principalmente as meninas, pois dessa forma acredita-se que seja possível tratar e até mesmo prevenir casos mais graves do transtorno.