A saúde é um direito de todos. As investigações têm considerado, entre outros aspectos, a qualificação de profissionais da saúde voltada ao atendimento de minorias sociais, incluindo as identidades LGBTQI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, +), na tratativa da integralidade do ser humano. Dessa forma, o estudo busca, por meio de uma revisão sistemática de literatura, identificar as lacunas e potencialidades existentes no processo de formação dos profissionais de saúde no atendimento de LGBTQI+’s. Com abordagem qualitativa, descritiva e exploratória, após a análise verificou-se que profissionais da área da Saúde não estão preparados para atender a essas identidades, tornando-se essencial, para a promoção da saúde e do bem-estar no cerne do atendimento de LGBTQI+, a comunicação por meio de materiais informativos, políticas públicas, reestruturação curricular nos cursos de Saúde, e, ainda, uma desconstrução cultural operando em prol da equidade social.
Este artigo propõe reflexões e provocações acerca do aplicativo de relacionamentos Grindr, a fim de pensá-lo como um território possibilitador das mais diversas configurações assumidas por identidades dissidentes à cisheteronorma, permitindo um aprofundamento nas discussões em torno dos reflexos causados pelos processos de subjetivação que partem de uma perspectiva dicotômica e cisheterocentrada. Assim, partimos de um referencial teórico convergente com o objeto de análise e, posteriormente, seu desenvolvimento é orientado pela análise de conteúdo, em que foram coletados os dados de 25 perfis passíveis de análise. Ao final, percebe-se que o aplicativo se apresenta como um território pornotópico, haja vista a justaposição de distintos espaços – identidades, normas – que são incompatíveis. Tal divergência culmina no surgimento de três principais categorias: pornotopia e manutenção da cisheteronorma; pornotopia e invisibilização das violências; e pornotopia e sigilo.
O presente artigo tem por objetivo apresentar um panorama da produção acadêmica na pós-graduação brasileira acerca do bullying homofóbico nas escolas. Para tanto, utilizou-se do método da revisão sistemática da literatura, sendo pesquisadas as dissertações e teses indexadas no Catálogo de Teses e Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) entre os anos de 2017 e 2022. Foram identificadas 13 produções que se relacionam com o escopo desta pesquisa que trazem contribuições bastante pertinentes em face do fenômeno pesquisado. Como resultados, observa-se uma ínfima produção que relacione a homofobia com o campo da educação infantil, assim como estudos que ampliem o debate em torno do bullying por uma óptica interseccional. Merecem destaque os resultados que indicam a falta de apoio das gestões educacionais, a escassez de políticas públicas específicas e o avanço do conservadorismo nacional. No cômputo geral, o principal aspecto constatado se relaciona com a sugestão de que se estabeleçam parcerias entre escola, família e movimentos sociais, a fim de que sejam criadas redes de apoio e de compartilhamento de conhecimentos relativos ao tema, sendo considerada esta a estratégia mais eficaz de combate ao bullying homofóbico.
A sexualidade, enquanto um constructo subjetivo inerente à existência humana, se expressa por meio das diferenças. O ato dessa expressão, porém, acaba produzindo movimentos reativos e opressores, haja vista o padrão cisheteronormativo no qual a sociedade se baseia, traduzindo-se em diversas formas de opressão. Tal cenário também deve ser percebido, compreendido e gerenciado pelas organizações, haja vista a presença dessas opressões dentro de sua estrutura. Diante deste contexto, o presente estudo tem como objetivo analisar de que maneira as pessoas dissidentes do padrão cisheteronormativo percebem a gestão da diversidade nas organizações. De abordagem qualitativa, realizou-se a coleta de dados por meio de entrevistas semiestruturadas, tornando-se possível verificar que as organizações ainda não desenvolvem políticas de gestão da diversidade de forma eficaz, no momento em que estas não operam nos processos de desconstrução necessários para a reestruturação de uma cultura organizacional livre de preconceitos e que se distancie do padrão cisheteronormativo normatizado na sociedade.
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