Este artigo apresenta as principais teses do pensador Roberto Mangabeira Unger relacionadas a uma interpretação dos novos parâmetros da democracia ocidental, das instituições e da sociedade brasileira como um todo. Também desenvolve um diálogo com o autor, questionando alguns dos seus fundamentos. Mangabeira, ao pretender requalificar o debate sobre a democracia, a partir da adoção de novas alternativas institucionais, coloca-se num viés experimentalista. Utilizando-se de pressupostos marxistas numa mistura com pressupostos schumpeterianos, este autor é qualificado, nas palavras de Anderson (1992), como: “um profeta do primeiro mundo, a partir de uma abordagem filosófica do terceiro mundo”. É nesse sentido que compreender suas teorias e dialogar/discordar tornam-se objetivos chaves deste trabalho.
Neste paper, os autores visam apresentar algumas aproximações, categorizações, contradições e complementaridades conceituais erigido nos últimos debates e ações a favor do desenvolvimento rural. Sendo assim, baseando-se na compreensão do território rural como uma esfera multidimensional e polissêmica, este paper abordará: 1) Idas e vindas do desenvolvimento rural nos ultimos trinta anos; 2) O polissêmico desenvolvimento do campo: a multiplicidade como questão; 3) Desenvolvimento urbano e rural: uma imbricada e complementar relação. Quanto ao método utilizado para o alcance das análises realizadas, foi empregada a análise de relatórios e documentos nacionais e internacionais sobre o tema, além de extensa revisão bibliográfica contemporânea datadas do inicio da década de 1990 até o dias de hoje.
The Social Genesis of Brazilian Territorial Public Policies: The Demands of Land Movements and its Institutionalization Process RESUMO O debate sobre a questão agrária, basicamente, remete a interpretações sobre o desenvolvimento capitalista na esfera rural. Inicia-se no século XIX e ganha aderência e repercussão política a partir da primeira metade do século XX. Neste sentido, muitas problemáticas que envolvem a questão agrária necessariamente estão relacionadas: 1) ao monopólio da propriedade fundiária; 2) às relações desiguais entre latifundiários e camponeses e; 3) aos conflitos oriundos da luta pela terra. É seguindo estas pistas que este paper visa demonstrar que as construções por espaços de participação servem mais para abrandar possíveis conflitos do que para solucionar a questão da luta pela terra, que divide trabalhadores rurais versus latifundiários. O estudo de caráter exploratório considera a realização de pesquisas bibliográfica e documental e nos permite inferir que, durante a gestão dos governos petistas (2002 a 2015), os movimentos sociais, em especial, o movimento dos sem-terra (MST) passaram a ressignificar suas formas de atuação, deslocando-se a um estágio de concertação e consenso, em relação à tecnocracia governamental, principalmente, na relação com o Ministério de Desenvolvimento Agrário-hoje fundido na pasta ministerial de Desenvolvimento Social-, o que traz, como consequência direta, o fortalecimento por outro lado das pautas do agronegócio brasileiro, que, representada pelo Ministério da Agricultura, adquire a cada ano mais espaço e importância na agenda governamental brasileira.
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