INTRODUÇÃO: Um aspecto de destaque na oncologia é a qualidade de vida. Aumentos na sobrevida global dos pacientes são acompanhados de comorbidades que podem interferir nos mais diversos aspectos da vida dos pacientes, e conhecer estas comorbidades e o impacto que têm é fundamental na atenção integral às neoplasias. OBJETIVOS: Neste trabalho, busca-se avaliar a qualidade de vida de pacientes oncológicos submetidos à quimioterapia. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo prospectivo realizado com 18 pacientes portadores de neoplasias do trato gastrointestinal acompanhados no ambulatório de oncologia clínica do Hospital Universitário João de Barros Barreto, Belém, Pará, Brasil, de setembro de 2017 a junho de 2018. Para cada paciente, foi aplicado um questionário inicial para coleta de dados sociodemográficos, e em seguida foram realizadas três aplicações do questionário EORTC QLQ C30, que avalia desempenho físico e funcional, função emocional, cognitiva, social e global, além de sintomas. As aplicações do questionário ocorreram antes da primeira sessão de quimioterapia, após dois meses e após seis meses. O banco de dados foi construído no Microsoft Excel e as análises estatísticas realizadas com o software livre R. RESULTADOS: Foram entrevistados 18 pacientes, 61,1% do sexo masculino, 44,4% entre 51 e 59 anos, 72,2% casados, 72,2% católicos e 38,8% com ensino fundamental completo. Ao analisar as três aplicações do questionário, houve um aumento médio de 13,4 pontos na escala funcional total dos pacientes, com resultado estatisticamente significativo (p=0,0005), além de um aumento médio de 14,8 pontos na escala global de saúde (p=0,036) e redução média de 5,2 pontos na escala de sintomas total (p=0,07), com destaque para redução de 7,4 pontos do sintoma constipação (p=0,025). CONCLUSÃO: Esses resultados evidenciam percepção dos pacientes de melhora na sua qualidade de vida após a quimioterapia, bem como melhora no desempenho funcional dos mesmos.
Identificar as características clínicas e socioepidemiológicas de pacientes com insuficiência cardíaca (IC) no atendimento de emergência em um hospital de alta complexidade na Região Amazônica do Brasil, assim como, as comorbidades associadas à mortalidade dos pacientes com IC descompensada. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo longitudinal e prospectivo, realizado em um hospital público de referência para emergência cardiológica na Região Norte do Brasil. Fizeram parte da pesquisa 125 pacientes com IC descompensada. RESULTADOS: Evidenciou-se que a principal etiologia da IC foi hipertensão arterial sistêmica (39,2%), seguida de cardiomiopatia dilatada idiopática (25,6%), sendo que a etiologia menos comum foi miocardite (0,8%). A causa mais comum de descompensação foi a má adesão à terapia medicamentosa dos pacientes (41,6%), seguida de infecções (21,6%). Os principais sintomas apresentados pelos pacientes foram dispneia (96,0%) e edema de tornozelos bilateral (72,0%). Quanto à mortalidade, não houve relação estatisticamente significativa entre o perfil hemodinâmico à admissão com a mortalidade dos pacientes com IC descompensada (p = 0,4559). CONCLUSÃO: Com relação às características clínicas, o principal perfil hemodinâmico encontrado foi o frio e congesto, considerado o de pior prognóstico. A má adesão à terapia medicamentosa e infecções foram as principais causas de descompensação, apesar de não ter sido encontrada correlação estatisticamente significante das mesmas com a mortalidade. Assim, deve-se orientar o paciente quanto à adesão correta ao acompanhamento do tratamento medicamentoso e aos sintomas da IC congestiva, para que procure ajuda em tempo hábil e, com isso, melhore sua qualidade de vida.
Este trabalho tem por objetivo avaliar os conhecimentos prévios dos agentes comunitários de saúde (ACS) atuantes em Belém do Pará sobre os principais tipos de câncer na atenção básica (AB). Para isso, desenvolveu-se uma pesquisa transversal, descritiva, em que participaram 66 ACS, de seis unidades de saúde da família do distrito administrativo do Guamá. A fim de avaliar os conhecimentos, aplicou-se um questionário com questões objetivas abordando os eixos: socioeconômicos e demográficos dos participantes; conhecimentos prévios sobre a fisiopatologia do câncer; prevenção e fatores de riscos dos principais cânceres na AB e níveis de organização de Atenção em Oncologia. Entre os resultados, constatou-se que a maioria dos pesquisados conheciam a fisiopatologia, assim como a definição correta de metástase (87,88%). Sobre o aspecto de prevenção do câncer, 95,45% apontaram medidas ou fatores de riscos que estão relacionados ao desenvolvimento da doença. Contudo, poucos distinguiam os níveis da atenção especializada em oncologia e suas atribuições; assim como a periodicidade e faixa etária envolvida nos rastreios do câncer de mama (27,27%) e colo de útero (30,30%), ou seja, apenas uma minoria afirmou conhecer a conduta adequada para rastreio do câncer de mama e colo do útero de acordo com o Ministério da Saúde. Além disso, ter familiar com câncer apresentou relevância estatística quanto ao número de assertivas corretas (p<0,05). Conclui-se que, possivelmente, existam deficiências no conhecimento dos ACS sobre tal temática, com percentual de acerto maior nos que tiveram parentes acometidos com algum tipo de câncer.
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